Olívia de Cássia - jornalista
Da mesma forma que a maioria dos brasileiros, eu sou remediada, mais para a classe E; nunca passei situação de miserabilidade, mas não tive privilégios inalcançáveis pela maioria; não esperneio por contas das melhorias que foram implantadas pelos últimos governo Lula-Dilma, como o sistema de cotas, o Bolsa Família, o Cisterna Para Todos, Luz para Todos, entre outros programas sociais, diferente de muitos conhecidos meus.
Reclama-se da corrupção como se ela tivesse sido implantada nos governos do PT, apenas porque agora o assunto aparece mais nos noticiários. Isso quer dizer que a presidente vive em uma democracia e não está impedindo as investigações.
Os agourentos estão na torcida do quanto pior melhor; querem a saída da presidente de qualquer forma e por debaixo do pano tramam as ardilezas do que tem de pior na política. O candidato perdedor não prima pela democracia e seu grupo torce muito para a queda da presidente de qualquer jeito.
Não sabem eles que o processo de impeachment, segundo os juristas não acontece por acontecer. Sugiro a leitura desse texto no link http://meexplica.com/2015/02/a-presidenta-dilma-pode-sofrer-impeachment/ . Desde que assumiu o segundo mandato, no último mês de janeiro, a presidente Dilma Rousseff tem sofrido pressão de grupos que pedem seu impeachment.
No ano passado, após a reeleição de Dilma, houve manifestações convocadas pedindo sua saída – alguns manifestantes chegaram até a pedir a volta da ditadura militar. E aqui eu abro um pequeno parêntese recomendando algumas leituras, se não antigas, mas as mais recentes a respeito do assunto, para quem não tem conhecimento da história. Estou lendo ‘Ainda estou aqui’ de Marcelo Rubens Paiva; é um livro que trata do assunto.
Na internet tem vários textos que podem ser lidos. A saída por esse meio da presidente só será possível se for constatada a participação dela nos escândalos que têm sido revelados envolvendo desvios de dinheiro público na Petrobras.
E para isso muitos setores conservadores estão apostando nessa argumentação, forçando a barra, para encontrar culpabilidade em Dilma e Lula. Não sou ingênua a ponto de achar que existem santos na seara política, mas aqueles que estão tramando o golpe sujo não têm cacife nem para abrir a boca, tal o grau de envolvimento deles em irregularidades e crimes do colarinho branco; trafico de drogas e outros afins.
A idade me deu suporte para conhecer um pouco os meandros desse mundo tão apaixonante e muitas vezes repugnante que é a política. Convivo com esse meio desde a mais tenra idade e frequento movimentos sociais desde o começo da década de 1980, quando me iniciei na faculdade.
Já vi muita coisa na política brasileira e por mais que tenha esse olhar, ainda me surpreendo com atitudes não lisonjeiras de uma parcela da sociedade aquinhoada. É do conhecimento de quem milita nesse meio as tramoias e ardilezas do que se faz para chegar ao poder.
Sei que estamos passando um período de turbulência e como disse o ex-deputado Judson Cabral (PT), no sábado, 12, na convenção do PDT, o país passa por um momento de convulsão política; uma disputa sem limite por espaços de poder.
“Nós precisamos fazer uma reflexão muito ampla e aprofundar bem a nossa visão de tudo isso que está acontecendo; é preciso que os setores da sociedade (partidos políticos) tenham uma visão crítica, mas também ter uma visão de país”, disse ele.
O petista lembrou ainda que somos todos entes políticos e temos que dar a nossa contribuição, temos que fazer o enfrentamento , quando necessário e que temos que ter serenidade nos debates.
Estava eu em pauta para o site e fiquei refletindo naquelas palavras e também nas falas dos demais convidados no evento. “O Brasil tem uma democracia jovem e em momentos como esses, de dificuldades, é importante que nós sejamos firmes”. A briga está acirrada, mas eu tenho esperança. Para refletir; fiquem com Deus.
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