segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Secretário de Estado do Trabalho, Rafael Brito fala das ações da gestão

Olívia de Cássia - Repórter 

Em entrevista à reportagem no sábado, 12, no Hotel Radisson, na Pajuçara, o secretário de Estado do Trabalho e Emprego (Sete) Rafael Brito, há nove meses à frente da pasta,  disse que quando assumiu a secretaria, o Sine [Sistema Nacional de Empregos] era o grande problema da Secretaria do Trabalho: “Isso há muitos anos”, ressaltou.
O jovem secretário de 34 anos observou que, em janeiro deste ano, com a atual equipe; uma nova motivação de trabalhar e atender essas pessoas, a situação foi estabilizada em termos de atendimento em relação ao ano passado. Fotos: Paulo Tourinho
 Segundo o secretário, foi utilizado toda equipe e o recurso da Sete para melhorar o atendimento. “As pessoas, antes, precisavam chegar duas, três, quatro horas da manhã para garantir o atendimento no Sine”, observou.
Rafael Brito disse que isso é um absurdo, “porque, quem vai ao Sine, normalmente, ou está desempregado e há muito tempo sem emprego, ou pessoas que acabaram de ser demitidas,  para dar entrada no seguro desemprego: esse é 95% do nosso público”, pontuou.
O jovem secretário de 34 anos observou que, em janeiro deste ano, com a atual equipe; uma nova motivação de trabalhar e atender essas pessoas está em ação, a situação foi estabilizada em termos de atendimento em relação ao ano passado.
“No nosso número ele é 44% maior, comparando o período de janeiro a setembro do ano passado com o período desse ano. No Sine a primeira batalha a gente já venceu, mas a guerra não está vencida porque tem muita coisa a ser feita”, avalia.
O secretário observa que a ação seguinte será a recuperação da estrutura física do prédio, já que a parte da estrutura humana foi recuperada: “As pessoas estão atendendo maias e melhor, satisfeitas no ambiente de trabalho e até o final do ano vamos mudar o Sine Jaraguá, vai passar a funcionar em frente ao mercado público do bairro, onde era a antiga Casa do Trabalhador”, explica.
Segundo Rafael Brito, o local vai ser o maior Sine do Estado de Alagoas: “Atende em média de 300 a 400 pessoas por dia; é um público muito grande que a gente precisava atendê-los de uma forma mais adequada”,  comenta.
Depois dessas ações, o secretário conta que a gestão vai transferir essas reformas para outros locais do Estado. “Já inauguramos o Sine em Rio Largo e Penedo; vai ter um em Coruripe e Delmiro, este ano ainda”. Rafael Brito observa que Alagoas até agora não foi afetada de uma forma mais forte como no resto do país com relação ao desemprego”, destaca.
Segundo ele, no ano passado, de janeiro a julho, Alagoas tinha perdido 36 mil postos de trabalho e sempre isso acontece porque é o período da entressafra da cana-de-açúcar. Esse ano, o Estado perdeu 27 mil postos; “a gente conseguiu salvar, digamos assim, nove mil postos de trabalho, mesmo com a crise”, explica.
Para o secretário, no segundo semestre, a expectativa da Secretaria é positiva: “Primeiro, na recuperação de grande parte desses 27 mil postos de trabalho: “Esperamos permanecer pelo menos igual ao ano passado".
Segundo ele, Isso é positivo porque o Brasil vai terminar esse ano com um um milhão de postos de trabalho fechado e o Nordeste vai terminar este ano com algo próximo a 180 mil. "Então se Alagoas terminar o ano com nenhum posto de trabalho perdido, a gente vai sair vitorioso dessa crise, em relação ao resto do país”, pontua.

 Programa Amigo Trabalhador vai ajudar trabalhadores da cana na entressafra

Segundo o secretário, para os trabalhadores da cana-de-açúcar, o Governo do Estado tem o programa Amigo Trabalhador, que existe desde 2013 e não funcionava. Rafael Brito considera o programa é fantástico, mas diz que nunca funcionou.
“Este ano a gente não teve tempo [de colocar em prática],  porque demanda um estudo; por exemplo, não podemos chegar a um trabalhador de uma área como Porto Calvo e fazer uma capacitação de um tipo de curso que não se adéqua àquela região”, esclarece.
O secretário destaca que a Sete está fazendo um mapeamento em cada região, que atenda a essas pessoas e no ano que vem o programa será retomado. “O programa Amigo Trabalhador consiste em pagar na entressafra uma bolsa de um salário mínimo para que esses trabalhadores possam se capacitar, se alfabetizando e se preparando para o mercado de trabalho”, argumenta.
Segundo ele, tem uma série de regras para que o trabalhador participe do programa: “Não estar em seguro desemprego; não participar de outros programas sociais e estar desempregado”.

Programa Produzir Muito capacita mulheres para o trabalho e renda

O secretário do Trabalho e EmpregoRafael Brito comentou ainda sobre o Programa Produzir Muito, que incentiva associações e cooperativas do Estado, de artesanato como o do filé; bordado e tem uma área que está dando programas de capacitação para esses trabalhadores da economia solidária.
Francis Farias é servidora da Sete; presidente do Sindicato das Costureiras e faz a capacitação para as mulheres nas comunidades, por meio do Programa Produzir Melhor. Ela conta que  está com turmas em bairros como o Pontal, Reginaldo, Vergel do Lago; Bara Nova  e em Marechal Deodoro.
As mulheres são capacitadas para a arte da costura, modelar, cortar, costurar; bordado; filé; bordado com filé, entre outras atividades. “É um trabalho direcionado para mulheres que não tiveram oportunidade na vida, foi um método desenvolvido para pessoas não profissionalizadas”, explica.
Francis Farias destaca que hoje tem uma grande demanda de mulheres que passaram a vida cuidando da casa; do marido, dos filhos  e que não tiveram oportunidade de fazer outra coisa na vida.
Segundo ela, muitas mulheres não chegam à aposentadoria por falta de oportunidade de entrarem no mercado de trabalho e hoje vivem ociosas. “O programa é voltado para essas mulheres que desenvolvemos o programa, para capacitá-las; que elas tenham sua própria renda, coloquem seu atelier em casa. O programa objetiva profissionalizar essas mulheres e melhorar a condição de vida delas”, pontua.

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