Olívia de Cássia – jornalista
Em tempos de mídias sociais mudou a maneira de se fazer política no mundo.
A internet é uma nova ferramenta na troca e agilidade das informações exigida
hoje nos tempos modernos. Seguindo essa
tendência, uma pesquisa feita pelo Ibope Inteligência aponta os jovens e também
os adultos estão antenados com a modernidade da tecnologia e seguindo a nova onda,
estão conectados o dia inteiro.
Essa conexão, na maioria das vezes, é utilizada para a
diversão, aumentar o ciclo de amizades e trocar ideias. Mas a ferramenta também
está sendo usada, indiscriminadamente, para se espalhar notícias falsas contra
os adversários políticos nessa campanha eleitoral.
Todos os candidatos à Presidência estão sendo alvo disso, principalmente
a presidente Dilma Roussef que, da mesma forma que lidera as pesquisas, tem
sido o principal foco de seus adversários, acentuada essa prática por pessoas
conservadoras, reacionárias que disseminam as informações só por se tratar da
presidente que é filiada ao Partido dos Trabalhadores.
Essas pessoas disseminam o ódio ferrenho ao PT, engolem todo
tipo de informação negativa e não procuram saber de onde parte, mas compartilham
e curtem, para usar a linguagem do Facebook, como se fossem verdadeiras.
A morte do ex-candidato do Partido Socialista Brasileiro
(PSB) Eduardo Campos veio comprovar isso de maneira contundente e maldosa. No
dia do acidente fiquei perplexa com comentários maldosos e que insinuavam que
tivessem sido a presidente Dilma e o presidente do Senado, Renan Calheiros, os
autores do atentado que vitimou sete pessoas.
E saí do local estarrecida e pensando que cada dia me apego mais aos meus
filhotes de quatro patas, porque está difícil conviver com o ser humano. Existem
pessoas que sentem prazer em disseminar conceitos mórbidos, negativos e sem
noção. A campanha deste ano não tem as mesmas características de décadas
passadas. Tudo mudou.
Segundo uma consulta divulgada na internet, “na última
eleição presidencial, ocorrida em 2010, a Rede possuía influência pouco
significativa nesse processo, devido à sua baixa penetração, observação esta
feita naquela ocasião, pelo colunista Noblat”. Quatro anos depois, um dos
fatores que desfez essa teoria é o do grande aumento do volume de pessoas
utilizando a internet por meio de celulares.
Segundo a pesquisa, 70% dos usuários do Facebook acessam a
rede social por meio de seus celulares; com os quais se estima que os
brasileiros gastem cerca de 84 minutos por dia navegando, de acordo com dados
do Ibope. Boa parte desse tempo é dedicada não só ao entretenimento, mas também
à troca de informações sobre o cenário político atual.
No entanto, nem sempre as informações são dados que se deva
levar a ferro e fogo e que levem a conscientização política, é apenas uma forma
de desabafo de problemas e situações. Manda o bom senso e a responsabilidade
que a gente procure se acercar de toda a informação de qualidade, para não cair
na mesmice e na esparrela de levar as questões para o lado pessoal e
comprometer assim as amizades, que é o que vem acontecendo desde que começou a
campanha.
Gente que nunca participou politicamente de movimentos ou
que abomina a política, detratando e enxovalhando com palavras grosseiras e até
de baixo calão algumas autoridades, num
desabafo desesperado e muitas vezes por oportunismo de ocasião.
Não estamos vivendo num paraíso, mas as estatísticas mostram
que nos governos Lula e Dilma os índices sociais tiveram alcance da população
menos favorecida e que melhorou a situação para quem vivia em situação de
miséria absoluta. O contraditório é salutar em uma democracia, mas deve ser
feito com discernimento, seriedade e bom debate. Bom dia!
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