Olívia de Cássia – jornalista
Me desculpem alguns amigos, mas falar de fidelidade
partidária quando se está do lado do que há de pior na política é uma grande contradição. Eu posso até estar equivocada
nas minhas escolhas, mas jamais as faço por interesse financeiro ou por
conveniência política.
Hoje em dia eu não voto mais em partidos, eu voto em pessoas
e em projetos. Lá se foi o tempo em que eu vestia camisas partidárias e que me
sacrificava de alguma forma para defende-los. Passei, ao longo desse tempo, por
um processo de ‘salgamento’ e diante de tanta coisa irregular eu já não
acredito nas pessoas que antes defendiam ideologias a ferro e fogo.
Continuo com meus princípios, respeito muito as opiniões
contrárias à minha, mas quero que respeitem os meus argumentos, mesmo que eles
não sejam do agrado de quem pensa ao contrário de mim. Tem pessoas que são contra as políticas sociais do governo
Dilma, porque melhoraram a vida de quem vivia em situação de miséria absoluta;
hoje em dia a gente já não vê mendigos na rua, como antigamente.
É evidente que muita coisa ainda precisa ser feita, mas são
poucos os pedintes por conta da melhoria na qualidade de vida dessas pessoas. Lembro
bem da romaria que se formava na porta da mercearia do meu pai, que fazia
caridade na Rua da Ponte.
Toda sexta-feira os pedintes formavam fila para que meu pai distribuísse
alguns itens da cesta básica: café, açúcar, sabão, charque, bacalhau que
naquela época era comida de pobre, sardinha e outros itens. Hoje a gente já não
vê hordas de pedintes nas ruas, a não ser os menores viciados em drogas.
Já declarei nas redes sociais o meu voto para a Presidência
da República: voto na presidente Dilma Rousseff, por entender que o seu
programa de governo é o que mais trouxe benefícios para as populações menos
favorecidas. E fico estarrecida quando vejo no Facebook postagens destratando a
presidente. Isso se chama falta de
respeito com a chefe da Nação.
As pessoas estão confundindo liberdade de expressão com
anarquia, no pior sentido da palavra. Devemos criticar sim, se acharmos que há
deficiência em algum item de seu programa, mas não devemos jamais levar as
situações para o lado pessoal. Depois da morte do ex-governador Eduardo Campos as agressões
aumentaram, as insinuações rasteiras e sem comprovação se alastraram.
Pessoas que sempre defenderam arrumadinho na política e que nunca votaram em propostas de esquerda, agora se dizendo eleitores de carteirinha da ex-senadora Marina Silva, numa situação oportunista só porque têm raiva da presidente Dilma e de seu partido, como se tivessem feito algo de pessoal contra eles.
Pessoas que sempre defenderam arrumadinho na política e que nunca votaram em propostas de esquerda, agora se dizendo eleitores de carteirinha da ex-senadora Marina Silva, numa situação oportunista só porque têm raiva da presidente Dilma e de seu partido, como se tivessem feito algo de pessoal contra eles.
As pessoas precisam entender, e isso eu já disse aqui, que
não se trata de uma disputa pessoal, mas de projetos e ideias e que a briga é
por espaços de poder na sociedade e quando tudo acabar, os adversários dão as
mãos, como em toda sociedade civilizada; muitos ocuparão cargos na
administração do outro.
É preciso que isso seja esclarecido, que as pessoas procurem
ler e tomar conhecimento de que nada é
de graça em sociedade e muito menos em política. Não existem santos nessa seara
e cada um defende o seu lado com unhas e dentes, mas é preciso respeito pelo
outro. E tenho dito.
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