Olívia de Cássia – Repórter
O Dia do Gráfico, comemorado no dia 7 último, será lembrado
neste sábado, 8, a partir das 10h, com uma confraternização no clube da
categoria, em Coqueiro Seco. O evento reunirá os gráficos e familiares e
segundo o presidente do Sindicato dos Gráficos de Alagoas (Sindgráficos), José
Paul Gabriel dos Santos, a data será comemorada em grande estilo, com muitas
conquistas como a evolução do setor no Estado.
Ele observa que os gráficos pautaram todas as outras
profissões brasileiras, como ferroviários, tecelões e cafeicultores e que são
referência em prol dos direitos trabalhistas, determinando as grandes lutas. “Por isto teve o seu reconhecimento como
categoria profissional em 7 de fevereiro de 1923”, pontua.
Paulo Gabriel destaca que depois disso, outros profissionais
perceberam a evolução da categoria e começaram a seguir o exemplo, a se
organizaram em suas categorias formando associações e sindicatos pelo país.
Segundo ele, a categoria em Alagoas tem uma peculiaridade
diferente das demais: “O dia 7 de fevereiro, apesar de ser sagrado pela
importância histórica, é um dia de confraternização, reencontro de velhos amigo
e muitos empresários considerados patrões para outras categorias, para a nossa,
são amigos, porque também foram gráficos ou filhos deles”, observa.
O presidente do Sindgráficos e diretor financeiro da Jorgraf
(Cooperativa dos Jornalistas e Gráficos de Alagoas) argumenta que o trabalhador
gráfico precisa acompanhar os avanços da tecnologia e as novas tendências que
se destacam na área. Mesmo diante de algumas dificuldades ele diz que nos
últimos cinco anos a categoria teve ganhos reais em uma média de 30%.
A outra conquista da categoria, segundo ele, é a Escola
Gráfica do Senai, que tem todos os equipamentos de última geração, no sentido
de atender a reciclagem dos gráficos alagoanos, preparando-os para acompanhar e
manusear as novas ferramentas tecnológicas do setor.
“Desde a impressão da primeira Bíblia, em 1453, impressa por
meio dos tipos de Gutemberg, passando pela impressão em caldeiras a vapor,
impressora litográfica à base da pedra, impressora tipográfica apoiada pelas
máquinas de linotipo e intertaipe até as nossas rotativas com impressão em
off-sett, os nossos gráficos sempre
foram protagonistas e no Estado não é diferente”, explica.
SALÁRIO
A média salarial de um gráfico no Estado é de R$ 1.200,
segundo Paulo Gabriel. O setor é muito diversificado e vai de profissionais da
embalagem (bolsas, caixas), jornais e revistas, outdoor, comunicação visual,
xerografia, designers até o setor tradicional.
Singal observa que categoria vem contribuindo com geração de
emprego
Foto de Olívia de Cássia-arquivo
O presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas – Singal,
Floriano Alves, disse que a categoria vem contribuindo fortemente na geração de
emprego e renda e na formação da mão de obra, fazendo o desemprego diminuir.
Isso se deve, segundo observa, graças à parceria entre os dois sindicatos.
“Com diálogo aberto, ético e transparente, permitindo
avanços inquestionáveis para ambos os sindicatos como: ganhos reais nos índices
de reajustes nas convenções; com isso proporcionando aumento significativo nos
salários dos profissionais gráficos, como também avanços na confiança, respeito
e parcerias, que resultam em ganhos
visíveis na qualidade de vida dos trabalhadores”, ressalta.
Floriano Alves argumenta que outros fatores também
contribuem para o crescimento do setor, como a modernização da Escola Senai,
que conta, segundo ele, com o apoio da
Federação das Indústrias do Estado de Alagoas – Fiea, “dotando-a de
equipamentos de primeira geração, permitindo assim, uma melhor qualificação dos
alunos, assegurando colocação imediata no mercado de trabalho, após a conclusão
do curso”, ressalta.
Ele observa que o setor gera riquezas, “no momento em que
estamos adequadamente preparados para atender as demandas dentro das nossas
fronteiras, com qualidade, agilidade e preços competitivos, devido à
modernização do nosso parque gráfico, que está apto a concorrer de igual para
igual, com qualidade, prazo de entrega e preços competitivos, com todo o
segmento gráfico nacional”, observa.
Floriano Alves destaca que a indústria gráfica comemorou uma
importante conquista que foi o Programa de Apoio à Competitividade das Micro e
Pequenas Indústrias – Procompi, do Estado de Alagoas, que foi aprovado pelo
Conselho Nacional da CNI (Confederação Nacional da Indústria) do Sebrae
(Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Ele ressalta que o Programa será um divisor de águas no
setor, fortalecendo o segmento em sua totalidade. “Iniciando com um diagnóstico
e finalizando com a qualificação na ISO, passando por: visão de mercado,
gestão, custos, estoque, processos e capacitação dos dirigentes, orientando o
melhor caminho para cada empresa alcançar o crescimento sustentável”, finaliza.
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