quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Por falta de energia e de quorum Assembleia não realiza sessão

Olívia de Cássia – Jornalista
(Texto e fotos)

Faltou energia no prédio da Assembleia Legislativa Estadual desde o meio dia desta quarta-feira, 6, segundo dia regimental de sessões ordinárias no plenário da Casa. Mas mesmo que esse problema tivesse sido resolvido até as 15h15, prazo-limite de realização das sessões plenárias, apenas o deputado Judson Cabral (PT), reeleito para o segundo mandato, compareceu ao local.
Em entrevista à imprensa, Judson Cabral disse que não sabia explicar se o problema da falta de energia no prédio da ALE foi por questões técnicas ou por falta de pagamento como estava sendo especulado nos corredores da Casa de Tavares Bastos. Alguns funcionários comentaram nos corredores que não só energia, mas papel higiênico, copos descartáveis, água e café também estariam faltando na despensa do Legislativo. “Só deixaram mesmo terminar a eleição”, comentou um funcionário que não quis se identificar.
O presidente Fenando Toledo (PSDB) não compareceu ao plenário da Casa para prestar esclarecimentos à imprensa se o problema da energia foi por falta de pagamento ou de disjuntor.
CÍCERO FERRO
Outro assunto que movimentou a curiosidade dos jornalistas que cobrem a Casa de Tavares Bastos, na tarde desta quarta-feira, foi o comentário de que o deputado Cícero Ferro (PMN), que não conseguiu se reeleger e ficou como suplente da coligação do senador Fernando Collor (PTB), estaria pressionando o vereador Dudu Holanda, eleito para uma cadeira de deputado na próxima legislatura, a não assumir o mandato e permanecer como vereador por Maceió.
Ferro não compareceu ao plenário da Casa para falar sobre isso e segundo essas fontes, o ex-presidente Fernando Collor estaria sendo acionado para resolver a questão, já que Cícero Ferro foi um de seus principais cabos eleitorais nas eleições deste ano.
De acordo com informações divulgadas na imprensa, se o vereador Dudu Holanda assumir o mandato como deputado estadual, Cícero Ferro tem problemas com a Justiça e corre o risco de ser preso pela Justiça comum.
Ele é acusado de ser mandante em pelo menos dois assassinatos: o de seu primo Jacob Ferro e do vereador Fernando Aldo, além de ter desafiado o Judiciário várias vezes na tribuna da Assembleia. Ferro perderia a imunidade parlamentar o que deixaria o principal cabo eleitoral de Collor em maus lençóis.
LOA
Com a não-realização de sessões na Casa, a LOA - Lei Orçamentária Anual, que já se encontra na Casa para ser debatida pelos parlamentares, deixa de ser discutida prejudicando assim o andamento dos trabalhos no Legislativo, problema que o deputado Judson Cabral destacou desde a terça-feira, 5.
Outras matérias como os vetos do governador Teotonio Vilela (PSDB) à LDO – Lei de Diretrizes Orçamentária (que seriam pelo menos quatro) também deixaram de ser votados na ALE, mesmo terminada a campanha dos deputados estaduais, embora alguns ainda estejam empenhados no segundo turno das eleições para presidente e governador, pleito que acontece no próximo dia 31 de outubro. Pode ser que até lá a Casa de Tavares Bastos viva clima de recesso, mesmo o presidente Fernando Toledo tendo dito na terça-feira que faria um esforço para que os parlamentares alagoanos voltassem a freqüentar o plenário nesta quarta-feira e fizessem o dever de casa. Vamos aguardar.

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