quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sessão movimentada na ALE, apesar da ausência de votação

Foto de Olívia de Cássia-28-2-2012
Olívia de Cássia – Jornalista

A sessão de terça-feira, 28, na Assembleia Legislativa Estadual (ALE) teve a presença registrada de 21 deputados, mas não teve Ordem do Dia, por conta de ter sido o primeiro dia de fato de retorno aos trabalhos legislativos.

Durante toda a tarde a sessão foi movimentada e cheia de falas, protestos, lançamento de candidatura e proposta de mais uma CPI, a da Pistolagem, que deverá render muita contenda ainda na Casa de Tavares Bastos.

O requerimento solicitando a CPI da Pistolagem, subscrito até o começo da noite de ontem por 12 deputados, foi do deputado João Henrique Caldas (JHC). A iniciativa do jovem deputado do PTN deverá lhe render muitas dores de cabeça e desafetos.

O deputado Ronaldo Medeiros (PT ) também usou a tribuna da Casa de Tavares Bastos para cobrar do governo do Estado políticas públicas voltadas aos agricultores familiares e pequenos empresários.

Segundo o petista, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) não mencionou esses setores da economia alagoana durante a apresentação do plano de metas do Executivo para este ano, no último dia 15, quando compareceu à ALE participar da abertura dos trabalhos do Legislativo.

Medeiros observou que os recursos que entrarão com a vinda do Estaleiro Eisa não ficarão no Estado, “torço para que dê certo, mas é preciso investir no pequeno agricultor que é também a pequena empresa”, disse Ronaldo.

Na opinião do petista, “não adianta ter uma política agressiva para buscar grandes empresas”. “Precisamos também ter políticas voltadas ao pequeno empresário e ao pequeno agricultor, que realmente geram renda para o Estado. Nenhuma grande empresa investe o lucro no Estado, uma vez que esses recursos vão para a matriz”, argumentou Medeiros.

Em aparte, o deputado Gilvan Barros (PSDB) discordou em parte do pensamento do deputado do PT a respeito do estaleiro. “O estaleiro, se instalando em Alagoas, vai necessitar de outros segmentos. Irão se instalar em Coruripe, outras indústrias para fornecer materiais para ele”, observou Gilvan Barros.

PROPOSTAS

Passando para outro tema, o deputado do PT dirigiu o seu discurso com propostas de gestão. Ele disse que quando chegou à Casa procurou o presidente (Fernando Toledo –PSDB) e “me coloquei a disposição para ajudar”, observou.

O petista destacou que é preciso “informatizar essa Casa, a escola legislativa, temos que investir nos servidores, colocar TV aberta ; a sociedade precisa saber o que se passa nessa Casa. Em sua grande maioria não sabe o que a gente faz. A sociedade só pode exercer o seu controle social se a Casa colocar transparência”, disse Medeiros.

Já o deputado Olavo Calheiros (PMDB), se mostrou um crítico ferrenho à eleição convocada para a próxima quinta-feira pela Mesa Diretora, que publicou a anulação da eleição no Diário Oficial, depois de ter feito uma votação antecipada e ter sido alvo de ações na Justiça, pela oposição da Casa.

‘Surpreso’ com o lançamento da candidatura do deputado Ronaldo Medeiros (PT), à presidência da Casa, Calheiros pediu um aparte e lembrou que a Mesa tem um mandato que só encerra em 2014. “O PMDB está aberto, devo-lhe comunicar que nego-lhe o meu voto, porque o senhor está legitimando a eleição”.

A declaração do peemedebista pegou muitos de surpresa, já que faz parte do grupo de oposição na Casa. Também a declaração do deputado Judson Cabral, do mesmo partido do deputado Ronaldo Medeiros, causou surpresa aos que compareceram à ALE na tarde de ontem.

Cabral disse que a decisão de Medeiros em lançar a candidatura tinha sido uma decisão individual. Pelo visto a semana promete na Casa de Tavares Bastos.

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