terça-feira, 1 de março de 2011

Sessão da ALE foi de muitos discursos



Quando encerrou a sessão, Fernando Toledo ainda conversou sobre a entrega do relatório do Orçamento ao governo do Estado

Olívia de Cássia - jornalista
(Texto e foto)

Dezoito deputados compareceram ao plenário hoje, na Assembleia Legislativa e fizeram uso da fala. Os novatos JHC, Joãozinho Pereira, Dudu Holanda, Ronaldo Medeiros e Luiz Dantas discursaram na tribuna da Casa, além dos deputados Jeferson Morais e Judson Cabral. Na hora da verificação de quorum para apreciação dos requerimentos apenas 17 estavam presentes.

O deputado Gilvan Barros (PSDB) apresentou requerimento solicitando licença nos dias 1, 2, 3 para tratar de assuntos pessoais. Semana que vem é Carnaval e o deputado pode ter antecipado seu feriado.

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) indicou o deputado Jota Cavalcante como líder da Casa e o deputado Sérgio Toledo como vice-líder. Parece que a escolha não agradou ao deputado Isnaldo Bulhões Júnior, que em entrevista à imprensa disse que não sabia da indicação. Ele teria faltado à reunião de seu partido que teria feito a indicação.

PROTESTO

O deputado Judson Cabral (PT) fez uma intervenção, na hora do expediente, para lamentar duas notas que foram publicadas em jornal da capital contra o jornalista e engenheiro Edberto Ticianeli, filiado ao Partido dos Trabalhadores e coordenador do Jaraguá Folia. Judson considerou uma “agressão” e chamou a nota de ‘covardia’.

“Não fica claro os interesses escusos do jornal e em nome do PT eu repudio a nota. A coluna chamou o companheiro de ladrão e com todo o respeito que tenho aos jornalistas que fazem o jornal e que cobrem esta Casa, protesto contra a forma com que a nota foi colocada ”, observou o petista.

O deputado Luiz Dantas usou a tribuna da Casa para fazer seu primeiro discurso no plenário e disse que representa a voz daqueles que o elegeram. Disse que está atento aos acontecimentos do País e que é um sertanejo a serviço de sua região.
Disse que a Bacia Leiteira vem sofrendo desaquecimento econômico e que a situação é complicada e crítica de ‘quase estagnação do setor.

O deputado Judson Cabral também, apresentou um requerimento para a realização de uma sessão pública, convidando setores envolvidos na questão da construção das casas para os desabrigados, mas foi convencido pelo deputado Antônio Albuquerque de que há uma comissão formada para acompanhar essa questão e que aguarde um relatório da comissão para depois convocar a audiência pública.

“Talvez fosse prudente que a comissão apresentasse relatório da sua atividade para que a gente veja a necessidade de trazer outros atores para esclarecerem essa questão”, disse Albuquerque.

Judson observou no entanto que seu requerimento antecede a indicação de JHC para a criação da comissão e disse que ‘não há óbice de a gente compor, internamente já vinha abordando’ (o assunto). Podemos aguardar, mas gostaria de acompanhar os trabalhos da comissão, não se trata de uma proposta para competir, podemos sobrestar o requerimento e gostaria que a comissão mostrasse celeridade de visitas’, observou.

JHC disse que a comissão está atenta e que já realizou reunião com a presença da maioria dos deputados, para traçar uma linha de ação. “Só o deputado Nelito precisou se ausentar, mas a comissão está disponível e vamos contar com sua ajuda”, disse ao colega.

O deputado Ronaldo Medeiros (PT) falou da falta de segurança no Estado e do Mapa da Violência divulgado na semana passada, colocando Alagoas como um dos estados mais violentos do País. Ele disse que falta de investimentos do governo do Estado em políticas públicas nas áreas de educação, trabalho e assistência social, contribui para o alarmante índice de assassinatos registrados em Alagoas e o crescimento marcante da violência.

ORÇAMENTO

Quando encerrou a sessão, Fernando Toledo ainda conversou sobre a entrega do relatório do Orçamento ao governo do Estado. Toledo explicou que uma emenda foi subtraída da peça, que versava sobre a dívida de Alagoas com a União, mas que será votada em regime de urgência e colocada à disposição do governador.

O deputado Jeferson Morais (DEM) requereu à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa a convocação do comandante da Polícia Militar, coronel Luciano Silva, para que ele preste esclarecimentos sobre uma declaração quanto à atuação dos prefeitos alagoanos na área da segurança pública.

"Durante uma entrevista concedida à imprensa, o coronel Luciano Silva disse que os prefeitos não têm contribuído para a redução da violência em Alagoas. Não consegui entender direito o que o comandante quis dizer. Até onde eu sei, os municípios já fazem o que é possível. Pelo que sei, a segurança pública é de responsabilidade do governo do Estado. Seria interessante também o comandante sugerir soluções para esses problemas", disse.

Já o líder do PT na ALE, deputado Ronaldo Medeiros, mostrou-se inconformado com a informação do "Mapa da Violência" divulgado na semana passada, apontando o Estado e a capital alagoana como os mais violentos do Brasil. "É preocupante o título que Alagoas recebeu. Em 2010, segundo a Secretaria de Defesa Social, 2.226 pessoas foram assassinadas. Essas taxas mostram o enfraquecimento da nossa segurança pública", criticou.

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