quarta-feira, 2 de março de 2011

Inconformado com encaminhamento da Mesa, deputado se retira do plenário da ALE

Olívia de Cássia – jornalista

Depois de um desentendimento no plenário da Assembleia, na tarde de hoje, o deputado Isnaldo Bulhões Júnior (PDT) se retirou do plenário da ALE, como forma de protesto, com que a Mesa Diretora encaminhou votação de mensagens do governo no plenário. Alegando descumprimento do Regimento Interno da Casa, depois de pedir questões de ordem e apartes, o deputado se retirou do plenário protestando.

O motivo da ira de Bulhões foram dois pareceres com mensagens do governo, na hora do expediente e que também foram apresentados na Ordem do Dia. Uma das mensagens trata da inclusão das parcelas da dívida pública de Alagoas no Orçamento de 2011 e a outra sobre a concessão de R$ 6 milhões ao Lifal.

Os pareceres aprovados foram de autoria do deputado Eduardo Holanda, nomeado relator especial da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Casa. O deputado do PDT disse que o encaminhamento da Mesa estava ferindo o Regimento Interno da Casa e gerou apartes também dos deputados Judson Cabral e Ronaldo Medeiros.

Bulhões pediu uma questão de ordem, logo no início da leitura das mensagens e solicitou cópias das mensagens que estão tramitando na Casa, para que os deputados tomem conhecimento de seus conteúdos.

“Solicito da Mesa Diretora, senhor presidente, que sejam distribuídas cópias com os deputados das matérias que estão chegando à Casa, já que as comissões não foram formadas. A grande maioria (dos deputados) não tem conhecimento das matérias”, disse ele, argumentando que com essas cópias há a facilidade de os deputados “não votarem parecer sem saber do que se trata e sem o conhecimento das matérias, fica impossível o deputado trabalhar”, reclamou.

Outra reclamação do deputado Isanldinho foi que as matérias não foram publicadas no Diário Oficial do Estado. “Serei obrigado a votar contrário”, anunciou. O deputado votou contra a primeira mensagem, juntamente com o deputado Judson Cabral (PT). Mas na segunda votação a respeito de verbas para o Lifal, se retirou do plenário sob protesto.

O deputado Judson Cabral também reclamou da falta de cópias no plenário e com relação às mensagem solicitando seis milhões de aporte para o Lifal, disse que no ano passado foi feita uma discussão na Casa a respeito da Instituição e que foram liberados três milhões de aporte financeiro.

“Solicito que o governo apresente um relatório do que foi feito até agora no Lifal. O governo agora pede mais recursos, mas não cabe ao parlamento votar em matéria “que não temos clareza dos recursos. Sou a favor do Lifal, mas é preciso saber o que vem sendo feito”, disse o petista, que acabou votando contra o projeto.

Cabral ainda reclamou que o governo sempre tem pressa na aprovação das matérias. “Nós queremos contribuir dentro da competência que temos e da responsabilidade que nos cabe”, argumentou.

RONALDO MEDEIROS

O petista Ronaldo Medeiros, novato na Casa, disse que recebeu visita de dirigente do Lifal e que ele passou algumas informações a respeito do laboratório. Segundo o que foi passado para o deputado, o Lifal está fechado e há dois anos não paga os funcionários, que estão em férias coletivas.

Segundo Medeiros, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não deu autorização para que laboratório alagoano fabrique dois medicamentos que devem constar na farmácia popular. “Como não participei da discussão anterior é importante que a gente saiba o que foi feito até agora, mas é preciso agilidade com relação ao Lifal, pois as pessoas estão paradas”.

Ronaldo Medeiros, que no final votou a favor do projeto governamental, disse ainda que foram gastos 800 mil com consultoria paga a uma instituição de Minas Gerais para ver essa questão.

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