quinta-feira, 3 de março de 2011

Deputados aprovam verba para o Lifal

Olívia de Cássia – jornalista

Na sessão desta quinta-feira, 3, a Assembleia Legislativa aprovou, em segunda votação, dois projetos do Governo do Estado: um que dá aporte de seis milhões ao Lifal (Laboratório Industrial Farmacêutico Alagoano) e outro da inclusão das parcelas da dívida pública de Alagoas no Orçamento de 2011.

Com os R$ 6 milhões, o Lifal deverá pagar os dois meses de salários atrasados dos funcionários, que entraram em férias coletivas na última semana. Na sessão de ontem o deputado Ronaldo Medeiros falou das dificuldades que os funcionários estão enfrentando.
Segundo o que foi informado na imprensa, a situação caótica do Lifal é por causa de uma dívida de R$ 80 milhões, dos quais, R$ 35 milhões são referentes a tributos não pagos por gestões anteriores.

Segundo o portal Tudo na Hora, em 2009 o Lifal foi desabilitado e deixou de produzir o remédio Clozapina, que é indicado para o tratamento de transtornos psiquiátricos e o Tacrolimus, indicado para transplantados renais. Esses medicamentos respondiam por 90% da receita corrente líquida do órgão, segundo informou ao Tudo na Hora.

O deputado Judson Cabral (PT) também cobrou que o diretor presidente do Lifal, Keylle Lima, seja convocado para prestar esclarecimentos sobre os R$ 3 milhões que já foram repassados ao órgão em 2010. “Sabemos que ele [o Lifal] está passando por dificuldades financeiras e necessita de recursos para se reestruturar, mas é necessário que seja apresentada uma prestação de contas, evidenciando a forma como os recursos foram investidos”, observou.

Já o segundo projeto aprovado nesta quinta trata da execução orçamentária de Alagoas, no que se refere à dívida pública do Estado. Isso porque, atualmente, o Executivo tem mais de 15% da receita corrente líquida e isso representa mais R$ 40 milhões por mês.

Parece que essa nova legislatura vai dar muito o que falar. Os deputados começaram o ano com todo o entusiasmo para discutir e aprovar matérias. A oposição aproveita o espaço de não ter ainda um líder do governo na Casa e vem se destacando no plenário, apontando falhas do Executivo e da Mesa Dirtora da ALE.

Outros deputados, principalmente os novatos, sentem necessidade de fazer uso da palavra e apresentar requerimentos, uns até inusitados, como o deputado João Henrique Caldas (PTC), que propôs a vida do presidente americano Barak Obama à Serra da Barriga, em União dos Palmares. Avalio que os deputados novatos estã agindo assim até para mostrarem atuação, mesmo que inexperientes nas suas propostas.

Também, os deputados Joãozinho Pereira (PSDB), Ronaldo Medeiros, líder do PT na Casa, que tem se sobressaído em sua bancada, além dos deputados Judson Cabral (PT), que está em seu segundo mandato, Jeferson Morais (DEM), Temóteo Correia (DEM) fazem uso da palavra nas sessões. O deputado Dudu Albuquerque sempre tem um eleogio para fazer a alguém, seus discursos são pautados pelos elogios a seus pares.

Mas o que está chamando a atenção na bancada do PT, até agora, é o deputado Marquinhos Madeira, que até agora não deu uma palavra e votou nos projetos que a bancada estava votando contra. Infelizmente ainda não deu para entender afinal a que veio.

O deputado Isnaldo Bulhões Júnior (PDT) se retirou do plenário, na tarde de hoje, em protesto, porque não foi atendido quando solicitou a palavra à Mesa Diretora. Ontem ele se retirou do plenário alegando que o Regimento Interno da Casa estava sendo desrespeitado.

A última sessão da semana contou com a presença de 14 deputados; depois da saída de Isnaldinho, o deputado Jota Cavalcante chegou e deu quorum para que as mensagens do Executivo fossem votadas.

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