domingo, 6 de março de 2011

O Sábado de Zé Pereira e o desfile das Fragas da Madrugada

Olívia de Cássia – jornalista

No sábado de Zé Pereira, 5 de março, teve concurso e desfile do bloco A Franga da Madrugada. Vesti uma roupa ‘a caráter’ para o desfile e lá fomos nós para a Quadra Municipal de União dos Palamres. Novamente fui convidada para fazer parte do jurado que escolheu ‘A Franga mais bonita’; os candidatos deram show nas categorias Transformista e Gay.

Encontrei muita gente querida por lá e estava muito feliz, com a alegria e colorido do Carnaval. Meu amigo Silvio Sarmento, mais uma vez, no comando de tudo. Foi muito engraçado o concurso, mas o desfile do bloco demorou muito, da mesma forma que no ano passado.

Muita gente reclamou da demora e fica aqui uma sugestão fraterna ao amigo Silvio e a todos os que organizam o evento, para que encontrem uma forma de agilizar mais o concurso e a gente possa participar e ver o desfile dos outros blocos na rua e na Praça Basiliano Sarmento, no dia do evento.

O desfile da Franga, quando saiu, já passava das três horas da manhã, pelas ruas de União dos Palmares e muita gente que estava na quadra foi embora, por conta do adiantado da hora.

Fomos terminar na praça, no QG do frevo. Saímos quando terminou a folia, estava exausta; tivemos que arrastar a pé do Centro de União para a fazenda Frios, para a casa da minha amiga Genisete, onde formos dormir, pois não tinha um Telecarro disponível para nos levar até lá.

Resolvi que quando acordasse viajaria para Maceió para ver meus filhotes de quatro patas, mesmo que eu tivesse deixado a chave da casa e muitas recomendações aos vizinhos. À tarde voltaria para União; alguma coisa estava me preocupando.

Chegamos mais de meio dia lá no Tabuleiro e quando consegui pegar um ônibus e chegar em casa, no Centro, tive uma triste surpresa: minha gata Sophia Loren foi envenenada. Mais um assassinato misterioso de animal na Vieira Perdigão.

A minha gata pariu não tem nem um mês e estava amamentando e os gatinhos ainda. Acabou meu Carnaval, pois não tenho quem deixar para alimentá-los e sou eu quem tem que fazer isso. Agora eles ficaram órfãos e não sei se vão conseguir sobreviver.

Novamente o mesmo crime se repete aqui: o assassino ou assassina dos meus gatos aproveita sempre quando estou fora de casa para colocar o veneno justamente onde ele ou ela sabe que eles vão comer.

Eu não consigo entender isso. Como é que um ser humano pode ser tão ruim, tão mal, ao ponto de tirar vidas de criaturas que não fazem nada de ruim para ninguém, pelo contrário, só nos dá alegria e companhia.

Estou tentando fazer com que aquelas criaturinhas não sintam tanta falta da mãe, mas é difícil, pois eles ainda são pequeninos. Acabou meu Carnaval. Eu que estava tão animada para aproveitar um pouco a folia e esquecer os problemas da vida.

Eu sei que isso faz parte desse jogo da vida, paciência, foi mais uma perda para mim e isso me deixa triste. Dizem que os gatos protegem seus donos. Já perdi tantos filhotes de quatro patas e cada vez que isso acontece me sinto mais decepcionada com o ser humano e amo cada dia mais os animais.

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