Para Francisco Silvestre, saber usufruir de todos os momentos ajuda a viver melhor |
Adoção de práticas saudáveis e esportivas contribui para bem-estar, diz gerontólogo
Olívia de Cássia - Repórter
/ Tribuna Independente
Segundo o gerontólogo e professor Francisco Silvestre dos Anjos, coordenador do Curso de Agentes Sociais de uma faculdade particular de Maceió, a qualidade de vida do idoso brasileiro melhorou, devido à adoção de práticas saudáveis e esportivas.
“Isso contribui para o envelhecimento com mais saúde, mas para isso é muito importante que seja acompanhado por condições que levem ao bem-estar físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, saúde e educação”, observa.
Segundo o gerontólogo, algumas dicas podem contribuir para a melhoria na qualidade de vida do idoso como: “Conquistar amizades, sorrir, viver, dançar, praticar atividades físicas, namorar, ter alimentação equilibrada que auxilia na prevenção de várias doenças; a prática regular de atividades físicas; saber usufruir de todos os momentos de lazer, assim como compartilhar as experiências vividas; isso possibilita uma boa relação com as pessoas”, observa.
O professor adverte também que a pessoa da terceira idade precisa estar de bem com a vida, cuidar da sua autoestima e realizar várias atividades que tragam alegria e bem-estar: “Acreditar em algo e cultivar a espiritualidade, que também auxilia a manter a saúde emocional”, destaca.
Francisco Silvestre explica ainda que as pessoas que estão na terceira idade hoje são chamadas de ‘baby boom’: “São aquelas do pós-guerra, a geração paz e amor que defendia a liberdade sexual, liberdade de viver, da liberdade de expressão, movimento hippie, aqueles movimentos sociais todos que vieram, eles vieram com vontade de viver”, avalia.
‘Viver depois dos 70 é uma glória’
Segundo Francisco Silvestre, “chegar a viver depois dos 70 e ainda ter uma perspectiva de vida de 20 anos, é uma glória”, pontua.
Ele observa que a qualidade de vida do idoso se deve também ao querer viver mais: “Essa fase chama-se ‘maturescência’, se tornar maduro com irreverência”, destaca.
Segundo Francisco Silvestre, o medo que tem a atual geração da terceira idade é a Aids, pois as pessoas da terceira idade não estão se cuidando. Ele acrescenta que o idoso está mais viril, praticando mais exercício, comendo melhor, e não está mais ligando para a questão da proteção e por isso o número de infectados cresceu.
Gilberto Teodósio tem 55 anos e está no curso de Agentes Sociais, para pessoas da terceira idade. Ele disse à reportagem da Tribuna Independente que está realizado.
“Evoluí muito, depois que comecei a fazer o curso; cresci, não só no âmbito pessoal como em relação à família, às amizades: você cria um ambiente prazeroso que rejuvenesce e sente a necessidade de aprender mais, vai evoluindo quando encontra uma matéria nova, tarefas novas e outras conquistas”, avalia.
Rosenval da Silva Santos é funcionário público, tem, 58 anos e está fazendo uma falculdade. Diz que teve incentivo dos colegas de trabalho, porque antes não sabia de nada. “Fiz o supletivo (fundamental e médio) e hoje estou aqui, satisfeito”, observa.
Ele atribui o aumento da expectativa de vida observada pelo IBGE, à melhoria da qualidade de vida das pessoas da terceira idade, à educação. “Faço exercícios, durmo na hora certa: enquanto a juventude não quer nada e está entrando na droga, nós da terceira idade queremos”, finaliza.
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