Mas apesar da paralisação, serviços dos caixas eletrônicos
continuam funcionando
Olívia de Cássia – jornalista
O primeiro dia de greve dos bancários alagoanos, nesta
terça-feira, 30, teve a adesão de 80% da categoria em todo o Estado, segundo o
presidente do Sindicato dos Bancários, Jairo França. “A paralisação da
categoria começou com forte adesão e pretendemos permanecer de braços cruzados
durante todo período de greve”, observou.
Jairo França destaca que a adesão à paralisação nos próximos
dias deve aumentar. “A greve começou como nós esperávamos, firme e forte. Vamos
trabalhar para que a adesão seja maior no decorrer da semana”, observou.
Com o fechamento das agências bancárias da capital, as filas nas casas lotéricas se multiplicaram
e no GBarbosa da Serraria, ontem à tarde,
estavam dando voltas. O único serviço realizado ontem nos bancos foram
os dos caixas eletrônicos que ainda continuam abastecidos.
A maior adesão à greve dos bancários, segundo o presidente
da entidade, foi nos bancos públicos, chegando a 100% na capital. “A
paralisação atingiu os bancos públicos e privados, incluindo os prédios onde
funcionam as superintendências do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e
Banco do Nordeste”, pontuou.
MOBILIZAÇÃO
Para o presidente do Sindicato, a mobilização para a
realização de uma greve forte foi muito importante, para fazer os banqueiros
apresentarem uma proposta avançada aos trabalhadores. “A última proposta da Fenaban foi
insuficiente, não atende a pauta de reivindicações da categoria. Temos que
fortalecer nosso movimento para que assim possamos garantir um reajuste digno”,
observou.
Segundo o sindicalista, a greve é consequência da
intransigência dos bancos, que lucram bilhões por ano e insistem em não
melhorar as condições de trabalho, incluindo mais segurança, emprego, salário,
saúde e igualdade.
Os bancários estão em negociação salarial e a pedem a solidariedade da população. Jairo França
ressalta que apesar da greve, os serviços dos caixas eletrônicos continuam
funcionando, bem como as loterias, para quem precisa pagar contas e sacar
pequenas quantias, se for cliente da Caixa.
Os bancários estão indignados com a desvalorização do
serviço no dia-a-dia e com a falta de propostas decentes por parte da Fenaban.
Na primeira rodada de negociação, ocorrida no sábado, em São Paulo, os
banqueiros oferecem reajuste de 7,35% (0,94% de aumento real) para os salários
e demais verbas salariais de 8% (1,55% acima da inflação).
Segundo o presidente do Sindicato, os bancários reivindicam
reajuste de 12,5%, valorização do piso salarial no valor do salário mínimo
calculado pelo Dieese (R$ 2.979,25 em junho), defesa do emprego, fim da
terceirização e combate às metas abusivas e ao assédio moral. “A greve continua
por tempo indeterminado, até que seja apresentada uma proposta que contemple os
anseios da categoria”, finaliza.
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