segunda-feira, 31 de março de 2014

Desejo de paz

Olívia de Cássia – jornalista

De vez em quando bate na gente aquele sentimento indefinido: um misto de saudade, tristeza, indignação e descontentamento. 

Nesse momento é hora de a gente não se deixar abater; colocar um sorriso no rosto, pensar positivo e acreditar que podemos mais.

Sou feliz agora, desde quando deixei de acreditar em mentiras, enganações e falácias. A gente precisa acreditar que pode ser mais forte, mais equilibrada e não se deixar abater por aquele sentimento que não vale mais a pena sentir.

Não adianta querer mudar uma situação irremediável, uma causa perdida e sem jeito. Um dia eu quis acreditar que isso poderia acontecer numa determinada situação, mas devemos nos conscientizar de que precisamos acreditar que podemos fazer e ser melhores do que fomos antes, sem mágoas e sem apelação.

Me pego pensando nas besteiras que passei em tempos passados e em no quanto fui imatura querendo forçar uma situação que não tinha mais jeito. Talvez não tenha sido tanto a incompreensão, mas a vontade de que aquilo fosse diferente, de que desse certo.

Eu não acreditava naquele desprezo, indiferença e traição, achava que outra pessoa tivesse culpa do fato acontecido, que alguém estivesse roubando meus dias melhores, ‘minha felicidade’. Mas que dias melhores eram esses, meu Deus? Como a gente é ingênua em acreditar em tanta mentira?

Às vezes o que imaginamos ser uma fatalidade na nossa vida é apenas a porta para o amadurecimento, para a felicidade, um caminho para que a gente perceba o quanto estava sendo ingênua e tola.

Numa gostei de mentiras e às vezes fingia que acreditava nelas para continuar a viver da forma que eu achava que fosse a felicidade. Mas que felicidade era essa que me fazia sofrer? Por que fui tão tola ao ponto de acreditar que alguém ia mudar por mim?

Dei todas as chances, proporcionei oportunidades de crescimento interior, de formação  de personalidade, mas quando a outra parte quer apenas usufruir o que você tem de melhor para tirar algum proveito material, isso se chama vigarice.

Mas o que me sucedeu naquele temo, não foi só a mim; muitos anos se passaram e durante todo esse tempo vivi aprendendo a apagar  todo aquele sentimento doído, de mágoas e descontentamento.

Já não me sinto ferida agora por tais informações recebidas e apenas peço a Deus e rezo para que haja paz e serenidade em minha vida. Está sendo e será de paz minha vida daqui por diante.


Já não espero nenhuma retribuição de qualquer sentimento tolo: apenas procuro viver cada minuto da vida, cada instante, buscando a felicidade que já habita dentro de mim.

 Posso dizer que agora eu sou feliz, que encontrei a paz e a harmonia em cada situação, em cada momento e que desejo um mundo de paz, de contentamento, sem mentiras, sem enganações. 

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