segunda-feira, 29 de abril de 2013

Enquanto a insônia não passa...

Olívia de Cássia – jornalista

Fazia tempo que eu não tinha insônia. Fui deitar mais cedo para relaxar e dormir mais um pouco neste domingo. Acordei espirrando muito e corisando, nesta madrugada de segunda-feira, 29. Ajeito os travesseiros que coloquei um pouco altos por conta da falta de respiração, mas não tem jeito: o sono já se foi e chove muito lá fora.

Resolvo descer e esquentar água para fazer um chá, na tentativa de aliviar a sensação de resfriado. Coloco os saquinhos na caneca para aguardar que água comece a fervura. Misturo os saquinhos, tudo o que tenho disponível em casa: laranja, canela, maça e limão.

Os espirros aumentam e eu não sei mais de onde vem tanta água de dentro de mim, parece um chafariz e daqui a pouco, se não tomar bastante líquido vou ficar desidratada. O chá fica pronto e o sabor não é dos melhores, mas vou arriscar tomar algo quente para ver se melhoro e o sono chega.

Borrifo mel com própolis para ajudar na minha melhora e enquanto tomo esses cuidados paliativos para os meus males de velha, vou pensando na vida. Não tem como eu não lembrar dos últimos acontecimentos em minha vida, parece que vivi pesadelos desencadeados e no percurso de um mês aconteceu tanta coisa desagradável, para não dizer uma palavra que não gosto de usar.

Tento esquecer todos os entreveros vividos e peço a Deus equilíbrio, discernimento, fé e coragem para seguir em frente de cabeça erguida e com esperança no futuro, tentando ser uma pessoa melhor.

A chuva diminuiu um pouco e o galo da Estação Ferroviária, meu companheiro das noites insones, canta mais distante. Deve estar em algum lugar protegido da chuva. Meus gatos dormem espalhados pela casa.

Rihana Frederica estava comigo na cama, mas quando me levantei ela também desceu as escadas e correu para o sofá. Bruce Wayne e Aurora estavam na porta do quarto, em vigília, também desceram as escadas: é assim que se dispõem toda noite e agora foram se juntar a Janis Joplin, sempre separada do grupo: ela é a rainha, continua no seu cantinho na sala.

Malu e Oto sentiram que acordei e ficam de butuca no quintal. São quase três horas da manhã e degusto o chá, agora mais frio e com vontade que ele faça logo efeito desejado e me traga o sono de volta, pois logo mais tenho que levantar mais cedo para a lida diária.

Tenho mais duas semanas trabalhando menos, meu ritmo de trabalho desacelerou um pouco e ainda tenho mais duas semanas para descansar meio período. Tomara que os próximos dias sejam de serenidade, preciso de qualidade de vida, a idade já exige.

Revejo o texto, corto os excessos, continuo espirrando e assoado o nariz. Na falta de outros paliativos em casa, o jeito é me contentar com o que tenho. Boa madrugada para todos, uma ótima semana e fiquem com Deus.

Nenhum comentário:

Aqui dentro tudo é igual

  Olívia de Cássia Cerqueira   Aqui dentro está tudo igual. Lá fora os bem-te-vis e outros pássaros que não sei identificar, fazem a fes...