Por Correio de Alagoas
Foto: João Paulo Farias
A demora do corpo da assessora da Defesa Civil Cléria Lilina Vilas Boas no Instituto Médico Legal (IML), de Maceió, por quase 72 horas, prejudicou o laudo cadavérico.
O delegado Valdeks Pereira, da Delegacia Regional de União dos Palmares, cidade onde ocorreu o crime no dia 28 de março passado, recebeu o documento assinado pelo médico-legista José Cláudio Buarque afirmando que a morte foi por ‘causa indeterminada’. Ou seja, não se chegou à conclusão alguma mediante o estado de putrefação.
Pelo estado de putrefação não houve como caracterizar lesões no corpo de Kelly, como era conhecida a vítima. No entanto, a novidade apresentada pelo delegado na tarde desta terça-feira (16) foi a confissão do acusado Alexsandro Gomes que de início negara a autoria do bárbaro crime.
Conforme o delegado, a confissão surpreendeu mais ainda pela banalidade que teria motivado a ação criminosa. “Ele disse que a moça estava embriagada e começou a provocá-lo dirigindo palavras de baixo calão que colocavam em dúvida a sua masculinidade. E que isso teria ocorrido porque a vítima queria a todo custo manter relação sexual com ele e teria se negado. Então, o Alexsandro afirmou que subiu nela, na cama, e apertou-lhe o pescoço. Assim que a viu desacordada, resolveu ir embora”, relata o delegado.
Delegado Valdeks aguarda o laudo do IC, mas já tem um réu confesso (Foto: 96 FM Arapiraca)
Apesar da versão do acusado e réu confesso, parentes e amigos de Kelly sabiam da sua opção sexual o que provavelmente não permitiria uma provocação para manter relação heterossexual.
Kelly e Alexsandro teriam se encontrado na noite anterior em um posto de combustíveis e bebido até o início da madrugada quando foram para a casa da tia da vítima, onde ela morava. Lá, teriam continuado a beber e ele pedido para pernoitar no imóvel.
Pelas três horas, a tia de Cleria Lilian percebeu a ausência de Alexsandro, conhecido também como Alex, mas não deduziu que havia acontecido a tragédia, O que foi detectado somente às 14h quando ela resolveu acordar a sobrinha.
Relembre a situação no IML
A morte de Kelly foi constatada por volta das 14h, do dia 28, e o corpo só chegou ao IML à noite, aproximadamente às 22h. Como estava com início de decomposição ficou inviiável a necropsia no Serviço de Verificação de Óbito (SVO) que sedia um local para os procedimentos, mediante a situação em que se encontrava o IML.
O corpo teria de ser trasladado até o IML de Arapiraca, mas faltava rabecão visto que os dois estavam no interior recolhendo cadáveres. Quando surgiu a oportunidade, já no final da sexta-feira (29), os médicos-legistas da unidade do Agreste teriam dito para não mandarem nenhum corpo para lá porque estaria lotado e sem condições para mais recebimento.
Amigos que estavam no IML de Maceió e que acompanharam todo processo afirmaram que na sexta-feira a fedentina tomou conta do ambiente por conta do estado do corpo de Kelly que já estaria sendo devorada por larvas. Apenas os pés ainda estavam com a coloração entendida como 'normal'. No sábado, a situação teria piorado.
O estado em que se encontrava o corpo teria impossibilitado o legista de identificar lesões. O delegado aguarda o laudo do perito José Veras, do Instituto de Criminalística (IC) que deve ser entregua ainda essa semana.
Foto: João Paulo Farias
A demora do corpo da assessora da Defesa Civil Cléria Lilina Vilas Boas no Instituto Médico Legal (IML), de Maceió, por quase 72 horas, prejudicou o laudo cadavérico.
O delegado Valdeks Pereira, da Delegacia Regional de União dos Palmares, cidade onde ocorreu o crime no dia 28 de março passado, recebeu o documento assinado pelo médico-legista José Cláudio Buarque afirmando que a morte foi por ‘causa indeterminada’. Ou seja, não se chegou à conclusão alguma mediante o estado de putrefação.
Pelo estado de putrefação não houve como caracterizar lesões no corpo de Kelly, como era conhecida a vítima. No entanto, a novidade apresentada pelo delegado na tarde desta terça-feira (16) foi a confissão do acusado Alexsandro Gomes que de início negara a autoria do bárbaro crime.
Conforme o delegado, a confissão surpreendeu mais ainda pela banalidade que teria motivado a ação criminosa. “Ele disse que a moça estava embriagada e começou a provocá-lo dirigindo palavras de baixo calão que colocavam em dúvida a sua masculinidade. E que isso teria ocorrido porque a vítima queria a todo custo manter relação sexual com ele e teria se negado. Então, o Alexsandro afirmou que subiu nela, na cama, e apertou-lhe o pescoço. Assim que a viu desacordada, resolveu ir embora”, relata o delegado.
Delegado Valdeks aguarda o laudo do IC, mas já tem um réu confesso (Foto: 96 FM Arapiraca)
Apesar da versão do acusado e réu confesso, parentes e amigos de Kelly sabiam da sua opção sexual o que provavelmente não permitiria uma provocação para manter relação heterossexual.
Kelly e Alexsandro teriam se encontrado na noite anterior em um posto de combustíveis e bebido até o início da madrugada quando foram para a casa da tia da vítima, onde ela morava. Lá, teriam continuado a beber e ele pedido para pernoitar no imóvel.
Pelas três horas, a tia de Cleria Lilian percebeu a ausência de Alexsandro, conhecido também como Alex, mas não deduziu que havia acontecido a tragédia, O que foi detectado somente às 14h quando ela resolveu acordar a sobrinha.
Relembre a situação no IML
A morte de Kelly foi constatada por volta das 14h, do dia 28, e o corpo só chegou ao IML à noite, aproximadamente às 22h. Como estava com início de decomposição ficou inviiável a necropsia no Serviço de Verificação de Óbito (SVO) que sedia um local para os procedimentos, mediante a situação em que se encontrava o IML.
O corpo teria de ser trasladado até o IML de Arapiraca, mas faltava rabecão visto que os dois estavam no interior recolhendo cadáveres. Quando surgiu a oportunidade, já no final da sexta-feira (29), os médicos-legistas da unidade do Agreste teriam dito para não mandarem nenhum corpo para lá porque estaria lotado e sem condições para mais recebimento.
Amigos que estavam no IML de Maceió e que acompanharam todo processo afirmaram que na sexta-feira a fedentina tomou conta do ambiente por conta do estado do corpo de Kelly que já estaria sendo devorada por larvas. Apenas os pés ainda estavam com a coloração entendida como 'normal'. No sábado, a situação teria piorado.
O estado em que se encontrava o corpo teria impossibilitado o legista de identificar lesões. O delegado aguarda o laudo do perito José Veras, do Instituto de Criminalística (IC) que deve ser entregua ainda essa semana.
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