No domingo, 4, a partir das 10h, cerca de 20 jangadas desfilarão por três horas entre o Alagoinhas, na Ponta Verde, e a Praia de Pajuçara, onde exibirão os trabalhos criados pelos artistas plásticos alagoanos. O mesmo desfile irá se repetir no dia 5 de dezembro em comemoração aos 200 anos da cidade de Maceió.
A ideia da revitalização da proposta foi de
Mirna Porto, para festejar o aniversário da capital alagoana. No Armazém
Uzina eles pintaram as velas e reuniram a imprensa para falar da
proposta: são estilos diversos e cada um mostra sua criatividade nas
artes plásticas, jogando com cores e elementos da cultura alagoana.
“Mirna teve a ideia de revitalizar o Projeto,
que foi idealizado por Gustavo Leite, há 21 anos; ela chamou os artistas
que participaram das primeira e segunda edições; as pinturas foram
feitas nas velas, que terão elementos da cidade de Maceió e serão
expostas nas jangadas no domingo”, observa o artista plástico Paulo
Caldas, que trabalha com artes desde criança.
Paulo Caldas disse ainda que se sente muito
horado em participar desse projeto “e agradecido por ter sido lembrado a
participar dele”, destacou. Rogério Sarmento disse que é a primeira vez
que está participando do projeto, que segundo ele está trazendo muita
harmonia entre os artistas alagoanos.
“Estou achando uma delícia participar do Velas
Artes, são três dias de festa e os artistas estão todos numa harmonia
só, ajudando um ao outro. A minha tela é a pastora; em homenagem à Vera
Arruda. O tema é o filé; a colcha de retalho, a chita e a diana do
pastoril, homenageando Alagoas com as cores da bandeira”, disse ele.
Rogério observa que da mesma forma que todos os
artistas envolvidos no projeto “são da raiz, vão colocando nas telas um
pedancinho do Estado. Uma das velas tem as cores da bandeira do Brasil
em balões. Já Paulo Caldas está usando filé, o mar de Maceió; cada um
tem a sua criatividade”, destaca.
O artista plástico Lula Nogueira está
participando do Velas Artes pela segunda vez e disse que em sua
tela-vela está homenageando o bairro do Jaraguá, onde ele pintou a
Estátua da Liberdade, que está localizada nos fundos do Museu da Imagem e
do Som (Misa).
“Jaraguá foi um bairro boêmio, várias vezes e
continua sendo; um bairro que tem a aura da liberdade, atrai os artistas
e tem história. Precisa de mais atenção”, observa. Segundo Lula
Nogueira, o interessante desse projeto é a convivência dos artistas,
trocar ideias, a harmonia, compartilhar o trabalho com a maioria da
população.
“A arte está muito desvalorizada hoje em dia e é preciso
levá-la para a população; popularizar, para que o pessoal que frequenta a
praia tenha conhecimento, democratizar a arte e essa maneira de
produzir também, abre um leque de possibilidades; a acolhida foi muito
boa, a crítica também”, destaca.
Outro artista estava fazendo uma homenagem para o
músico Beto Leão, que está com problema de saúde sério e hospitalizado.
Já Suel fez uma homenagem para o músico Hermeto Pacoal, tendo feito
uma imagem gigantesco do ‘buxo’ da música, que nasceu em Lagoa da Canoa.
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