NOTA
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de
Alagoas (Sindjornal) tendo em vista a repercussão provocada pela Nota de
Esclarecimento divulgada no último dia 06 sobre a situação do não recolhimento
do FGTS dos funcionários da Organização Arnon de Mello (OAM), em respeito a
sociedade alagoana e, especialmente, a cada um dos jornalistas que a entidade
representa, vem a público para reafirmar seu compromisso com a defesa integral
dos direitos da classe, da democracia, dos direitos humanos, e das liberdades
de imprensa e de expressão, como bem comprova todo o seu histórico de lutas.
Mas com a mesma
coragem e com toda a propriedade de uma instituição que sempre foi e sempre
será conhecida como uma das mais combativas do país reconhece a necessidade de
vir, mais uma vez, dialogar com a categoria sobre a situação desconfortável
gerada após a divulgação da referida nota de esclarecimento.
O Sindjornal
explicita que o recolhimento do pagamento parcelado do FGTS dos trabalhadores
da OAM, foi fruto de uma ação judicial do Sindicato. A decisão judicial que
obrigou o pagamento também permitiu um parcelamento que estava sendo efetuado a
partir dos débitos mais antigos. Este procedimento gerou uma quitação dos
débitos junto aos trabalhadores até 2001.
Vale ressaltar que
este último depósito foi feito em dezembro de 2013. Assim, quem está
trabalhando na empresa de 2001 aos dias de hoje, estando ou não na condição de
dirigente sindical, sendo ou não sindicalizado, está com saldo zerado ou abaixo
dos demais. Como em 2014 a empresa não efetuou nenhum depósito, descumprindo o
acordo, o Sindjornal já entrou com nova denúncia na Procuradoria Regional do
Trabalho (PRT-AL) e está ingressando com ação coletiva na Justiça, que será
protocolada ainda esta semana.
Entretanto, essas
informações parecem não ter sido devidamente compreendidas o que acabou gerando
uma manifestação mal dirigida, supondo que o Sindicato dos Jornalistas estaria
“fechando os olhos para o problema” porque seus dirigentes seriam os únicos a
receber os depósitos. Tal colocação, feita nas redes sociais, citou
nominalmente um dos diretores do Sindicato, o que motivou a elaboração da nota.
Assim, o Sindjornal
destaca que entende como legítima qualquer crítica e defende o direito de todos
os jornalistas se manifestarem sobre as políticas adotadas pela diretoria.
Porém é preciso deixar claro que também é papel dos dirigentes sindicais
combater os ataques e calúnias que possam enfraquecer um sindicato com 60 anos
de lutas em defesa da categoria.
Por entender que a
entidade precisa ser preservada de ataques que a enfraqueça moralmente e, em
consequência, fragilizem toda a categoria, a diretoria elaborou a nota no
intuito de esclarecer e refutar acusações infundadas. Entretanto, reconhece que
a amplitude do alcance de uma nota da entidade é maior que a de um comentário
na mesma rede, por mais pernicioso que ele seja.
A diretoria reafirma
que nunca teve a intenção de atacar nenhum jornalista e causar qualquer tipo de
dano e desconforto a um trabalhador que reivindica seus direitos não
respeitados pela empresa onde atua.
Ao mesmo tempo lamenta que, por conta do episódio,
integrantes da categoria esqueçam o histórico de combatividade do Sindjornal,
que é referência nacional nas lutas sindicais dos jornalistas brasileiros,
garantindo, entre outras conquistas, o maior piso salarial do país, em um
estado que detém os piores indicadores sociais. Tal situação só enfraquece a
única entidade de classe que defende os interesses dos jornalistas, enquanto os
verdadeiros inimigos dos trabalhadores batem palmas.
Diante do exposto, a
entidade reitera seu papel de diálogo com a categoria visando recompor as
relações fraternas de classe trabalhadora, para superar este episódio
desconfortável a todos e unir forças em lutas como a garantia da quitação
integral do FGTS, a campanha salarial e a valorização do jornalista.
A DIRETORIA
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