Minha saudosa mãe Antônia |
Olívia de Cássia – jornalista
Neste domingo, 11 de maio, é dia de nós fazermos uma
homenagem a todas as mães alagoanas e desejar que o dia seja de festa e de
muita alegria. Para aquelas que lutam tentando
livrar seus filhos dos infortúnios das drogas e das más companhias, que passam
por outros conflitos familiares, que encontrem um alento e consigam realizar
todas as suas metas.
Ser mãe nunca foi fácil em nenhuma era da humanidade; em todas
as épocas as mulheres fizeram sacrifícios em benefício de seus filhos, desde a
era primitiva. Em algumas situações, elas tiveram que deixar os filhos em casa,
muitas vezes presos, para poder cumprir suas tarefas no trabalho.
As transformações sociais ocorridas nas últimas décadas
desencadearam profundas mudanças e redefinição do papel da mulher na sociedade.
A educação de um filho nunca foi fácil e exige da mulher dedicação e muitas
vezes renúncia. Algumas delas, sabendo que não têm aptidão para a maternidade,
renunciaram a essa função e foram se dedicar a suas carreiras.
Com as conquistas conseguidas ao longo dos séculos, como o
mercado de trabalho e o direito de decidir o que fazer com o seu corpo, o
surgimento da tecnologia, mudou muito o conceito de família, os costumes e as
mulheres tiveram que se adaptar a esse momento.
Algumas mulheres mães e também muitos pais de família ainda
passam na atualidade por conflitos de aceitação e adaptação da mudança dos
costumes com relação aos filhos e enchem as salas dos terapeutas para tentar
entender a essa situação.
O que se sabe é que, com modernidade ou sem, mãe é tudo
igual: estão sempre preocupadas com o bem-estar dos filhos, com a segurança,
educação e tudo que os envolve. Segundo a juíza Maria Eunice Torres do
Nascimento, de Manaus, as mulheres foram da esfera doméstica à ocupação de
diferentes funções na sociedade moderna, mas estas conquistas sociais têm sido
alcançadas e assimiladas de forma diferente por elas.
“O alcance e assimilação das conquistas sociais femininas
variam de acordo com a classe social, o grau de escolaridade e a possibilidade
real para superar as desigualdades de oportunidades entre homens e mulheres que
ainda existem e persistem na sociedade atual, tanto na família como nas mais
diferentes esferas sociais”, observa.
E essas particularidades, segundo os especialistas, envolvem
mulheres dos extratos mais altos da sociedade e também aquela mãe da periferia,
que vive um conflito muitas vezes maior, entre ter que encarar os problemas
sociais, a educação dos filhos e ainda terem que conviver em ambientes
insalubres e violentos, na tripla jornada de trabalho, no lar e fora dele.
É tudo muito complexo isso, estudos que nunca vão deixar de
existir sobre essa situação de vulnerabilidade da mulher, mãe ou não, em tempos
modernos e desiguais. Por tudo isso elas merecem todas as homenagens e
saudações neste domingo. Que o dia seja de paz e bem!
Nenhum comentário:
Postar um comentário