Olívia de Cássia – jornalista
Eu fui instigada, ao sabor de vários comentários e ‘alfinetadas’
que tenho visto e lido na internet, por esse dias, alguns maledicentes e
ofensivos sobre pessoas, lideranças e gestores, novamente, a escrever o texto
que se segue e peço licença aqui aos que pensam ao contrário para esboçar minha
opinião.
Independente de agremiação partidária, não é que eu esteja
entendendo que o País esteja navegando num mar de rosas: sem corrupção e sem
violência, com todos os problemas resolvidos, mas certamente o Brasil está
muito melhor do que em décadas passadas e isso só não enxerga quem não costuma
se informar ou quem tem interesses políticos para dizer o contrário.
Espalhar na rede que estamos vivendo uma catástrofe e tempos
perigosos em período pré-eleitoral, me remete às campanhas passadas, quando a
atriz Regina Duarte, eleitora do PSDB, foi à televisão dizer que tinha medo de
um governo do PT e de Lula. O ex-operário foi vitorioso naquele ano e mostrou que,
apesar de não ter diploma universitário, governou o país em dois mandatos e
ainda é lembrado como candidato à Presidência.
Espalhar ódios e destilar venenos não é uma prática
democrática e certeira, eu penso. Independente de críticas que eu faça
atualmente por essa ou aquela atitude de algumas personalidades políticas, foi
no governo Lula que o país conseguiu pagar a dívida externa e se livrou do
Fundo Monetário Nacional (FMI), coisa que o sociólogo e príncipe da
intelectualidade não conseguiu.
Não tenho nada contra o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso e até tenho alguns livros de sua autoria e sobre ele, mas a gente tem
que rememorar alguns pontos para não ser injusto por aqui.
Ele também governou o país por mandatos, o 1º mandato
(1994-1997) e 2º mandato (1998-2002) e fez algumas melhorias no País, mas foi
no governo do ex-presidente Lula que o país começou a ser respeitado lá fora,
mesmo que o próprio Lula não tenha inventado a pólvora e tenha aperfeiçoado algumas políticas sociais do governo FHC, como
dizem, mas ele fez.
Tenho feito muitas críticas ao atual governo; críticas
internas, com meus colegas, diante de alguns equívocos cometidos e isso eu não nego;
até já retirei da minha lista algumas criaturas que antes eu respeitava. Mas é
de bom alvitre que se esclareça muita coisa que é difundida na internet, falsas
informações, campanhas orquestradas para alfinetar e desmoralizar a presidente
Dilma e seu governo.
O País está melhor, sim, como disse um amigo, mas está
melhor para as classes menos privilegiadas da sociedade: C, D e E que conseguiram
a casa própria e estão conquistando melhorias de vida pelos programas sociais
que foram e estão sendo implantados.
Existem ainda muitos desafios a serem derrubados ainda, mas
a gente tem que dar mão à palmatória e reconhecer que o povo do Sertão, por
exemplo, está vivendo melhor, por conta dos programas sociais; os agricultores
da agricultura familiar também.
Quem vivia em situação de miséria absoluta já
consegue fazer pelo menos uma refeição no dia; filhos de gente pobre que não
tinham como chegar a uma universidade foram contemplados com diversos programas que o permitem agora e
outras conquistas mais: é só pesquisar e procurar saber a verdade dos fatos.
Não digo isso porque eu tenha conseguido algum benefício
material e financeiro, não, pois quem me conhece sabe que vivo numa pindaíba
danada e que estou, nos meus 25 anos de jornalismo, quase do mesmo jeito que
comecei ou em situação mais apertada ainda.
Quanto à questão da corrupção esse é o ponto muito falho e que
mais critico e deve ser fiscalizada, denunciada e cobrada, seja em qualquer
governo. E como dizia meu velho e saudoso pai, que era apaixonado por política:
“Um erro não justifica o outro”.
No que diz respeito à questão da violência, ela não acontece
só em nosso Estado e não é ‘privilégio’ do nosso país e nem é de agora: desde
os primórdios da humanidade que a sociedade é violenta; está intrínseca no ser
humano, que é violento por natureza.
O que mudou, segundo alguns especialistas, foi o acesso à
informação. Hoje em dia cada acontecimento tem repercussão mundial em questão
de horas e vem também dos valores que a gente tinha quando era criança e que
foram esquecidos; pela falta de amor nos corações e da ausência do diálogo. Eu
teria muito mais a comentar, mas o espaço é pequeno e fica para uma outra
oportunidade. Fiquem com Deus.
Um comentário:
Estou aliviado. Estava me sentindo exatamente como você. Achando que o ôba ôba do país do caus estava virando piada. Ninguém refletindo os avanços, a classe média como sempre, olhando para o umbigo e as teorias de que um governo de direita ou se a ditadura militar voltar, tudo será perfeito. Hoje, ao menos, podemos: reclamar, xingar, ou simplesmente manifestar nossa opinião.
Postar um comentário