Arquivo da escola
Reclamação
é que a gestora desconhece as conquistas da escola e teria sido injusta
publicamente
Olívia
de Cassia-Repórter
Professores,
alunos e funcionários da Escola Padre Cabral, do bairro operário de Fernão
Velho, em Maceió, estão indignados com a postura adotada pela secretária
estadual de Educação, Josicleide Maria Pereira de Moura, que publicou decretos
e documentos no Diário Oficial do Estado, a respeito da interdição ocorrida
naquela unidade escolar, cujo conteúdo está sendo contestado pelo corpo
discente e docente da escola.
Eles
procuraram a redação para fazer a reclamação e esperam da secretária uma
retratação pública, pela forma como divulgou na imprensa oficial os motivos que
levaram à intervenção ocorrida na escola no ano passado.
Segundo
Lucidalva Novais, coordenadora pedagógica da Padre Cabral, ao contrário do que
foi colocado pela secretária Josicleide Moura, o real motivo da intervenção na
escola foi a falta da prestação de contas não efetivada pela gestão anterior.
“Outro
ponto a ser ressaltado é que não houve desrespeito, como foi divulgado, nem foi
descumprido o artigo segundo, parágrafo quarto da Lei 6.628\2005”, segundo ela
afirma. Lucidalva Novais argumenta em sua reclamação que a eleição ocorrida na
escola foi democrática e direta, de acordo com o que a lei prescreve.
“Foi
nomeada a professora Maria Maidê Ribeiro Rocha e sua exoneração foi a pedido e
não afastamento, como foi decretado no Diário Oficial”, destaca.
DEDICAÇÃO
Durante
o processo de dificuldades enfrentadas pela escola, ela explica que os
funcionários apontados como inertes e sem compromisso, pela secretária, durante
os intervalos das aulas, vendiam pipoca, doces e picolés, numa pequena cantina,
com o objetivo de angariar fundos para ajudar a escola.
”Uma
escola inoperante não possui professores que fazem questão de ministrar aulas
preparatórias para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), no contra turno”, pontua.
Segundo
a coordenadora, há mais de dez anos que a escola recebe certificados de Escola Solidária, pelos
projetos desenvolvidos com fins sociais.
“O mais recente foi: Idoso uma fonte de saber; todos os
alunos participaram ativamente, inclusive tivemos a presença da
assistente social da Universidade Federal de Alagoas, Maria Lúcia Santos
Moreira da Silva, que na ocasião ficou encantada com a adesão do projeto por
toda a comunidade escolar”, pontua.
PRÊMIOS
Ela relata
ainda que
a equipe pedagógica da escola, por meio de seus alunos, foi uma das que mais
receberam medalhas de menção honrosa nas Olimpíadas de Matemática em 2012, inclusive
uma medalha de prata e o professor, por esse feito, recebeu um prêmio.
Em
2011, mesmo com o déficit do quadro de docentes, a escola teve 12 aprovados no
Enem. Entre
outras conquistas da escola, segundo a coordenadora, é que um ex-aluno da
escola, Jhony Willams Gusmão do Nascimento, aluno do quarto ano do curso de
Medicina da Uncisal (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas),
foi o primeiro alagoano a ganhar o primeiro lugar no Prêmio Destaque do Ano na
Iniciação Científica e Tecnológica 2013, na categoria Bolsista de Iniciação
Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq).
Por este
reconhecimento a um ex-aluno, Lucidava Novais aproveita também o momento para
agradecer, em nome da Escola Padre Cabral, à presidente do Consu (Conselho Universitário),
por ter lembrado que Jhony Willams Gusmão do Nascimento “foi nosso aluno no
Ensino Médio e que também fazíamos parte
dessa conquista”, observa.
Segundo o corpo
docente e discente da escola, em 2012, a coordenadora pedagógica Maria
Lucidalva Santos de Novaes Barbosa recebeu a comenda Silvio Viana por estar
entre os dez melhores funcionários públicos do Estado o que é motivo de orgulho
para todos.
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