Olívia de Cássia - Repórter
Os preços dos serviços de táxi, lanchonete e outras lojas no aeroporto de Maceió estão causando insatisfação e alguns consumidores, visitantes e turistas que chegam para visitar o Estado têm reclamado. A reportagem da Tribuna Independente foi até lá para ouvir usuários do transporte aéreo e verificar as reclamações.
Uma senhora que se identificou apenas como Ana, que estava a trabalho e ia para o Rio de Janeiro, estava tomando um cafezinho e reclamou do preço: por um café e um pastel ela disse que pagou R$ 10,50. “Isso é um absurdo”, reclamou.
Talvez mais que um absurdo sejam os preços cobrados nas lanchonetes. Um sanduiche de queijo comum mais um refrigerante chega a custar R$ 30!
Detalhe: não há opções de acesso a alimentação próxima ao aeroporto – exceto em Rio Largo – para quem por desventura tiver de amargar um atraso de voo enquanto espera a chegada de um parente ou amigo. Numa situação dessa, a saída é se submeter aos preços cobrados nas lanchonetes.
Há queixas também sobre os preços de produtos e artigos em lojas de confecções e de conveniência.
Geraldo Fonseca estava com amigos que embarcariam para Montes Claros, Minas Gerais, numa lanchonete do aeroporto e mostrou ser uma exceção. Disse que não achou os preços tão altos, em comparação com os que são praticados nos aeroportos de outros estados: “Tanto a refeição quando o sanduíche, a diferença é pouca”, pontuou.
O serviço de táxi oferecido no aeroporto de Maceió é feito por 36 taxistas credenciados, mas apuramos que tem muita gente pirata atuando no local. Tentamos conversar com a funcionária de uma das empresas, mas ela disse que não tem autorização para dar entrevista.
Um dos taxistas, que pediu para não ser identificado porque não pode dar entrevista, disse que uma corrida com destino ao Centro de Maceió é cobrado R$ 70. Se for para municípios como Maragogi é cobrado R$ 270.
Sobre a informação de que táxis de Maceió não poderiam circular no aeroporto, ele informou que não pode ficar parado no local, da mesma forma que os autorizados, mas se o passageiro quiser ligar para alguma empresa de táxi que conheça, ele pode.
Livre mercado
O superintendente do aeroporto de Maceió, Adilson Pereira da Silva, explicou que com relação a alguma reclamação a respeito dos preços dos serviços oferecidos no local, a Infraero não tem ingerência.
“A Infraero é uma empresa pública e todos os serviços oferecidos são precedidos de uma licitação, e se comercializa aquilo que foi objeto da licitação; todas as empresas estão aqui através de um processo licitatório”, observa.
Adilson Pereira informa ainda que a Infraero não tem como estabelecer um preço para os serviços oferecidos no aeroporto de Maceió, pois são baseados no livre mercado “e para isso existem os órgãos fiscalizadores e os consumidores poderão fazer suas reclamações”, ressalta.
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