Olívia de Cássia - jornalista
Quantas vezes eu tive que me refugiar no escuro do meu quarto, para que ninguém descobrisse as minhas tristezas, decepções e mal desempenho na vida? Foram tantas as feridas não-cicatrizadas que elas abriram fendas profundas em minha alma.
Eu podia me sentir livre naquele território que era só meu. Livre para desabafar minhas mágoas, confidenciar no meu diário minha rotina, transformar aquele pequeno espaço num lugar só meu. Sem proibições ali.
Foram tantos os dias de quebranto e desencanto que eu pensava que não fosse mais capaz de existir sem a presença do ser amado!
Quantos amores incompletos não-vividos eu presenciei, sempre em busca da felicidade e da concretização daqueles sonhos inacabados, interrompidos e desfeitos!
Hoje não tenho mais paixões, amores carnais ou pretensos candidatos a tal. Não me sinto mais diminuída, mal-amada nem preterida por ninguém.
Não busco mais ansiosamente a presença de quem quer que seja para completar a minha vida. Sinto-me quase completa no meu trabalho, com meus amigos e a boa companhia que eles podem me proporcionar.
Posso dizer que sou feliz, apesar das minhas limitações e impossibilidades diante da vida num tempo em que já não disponho de tanta saúde, de tanto vigor.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
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