terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Crer ou não crer?

Petrúcio Manoel Correia de Cerqueira- Bancário

(Foto de Olívia de Cássia)

A minha concepção cristã, adquirida através dos ensinamentos dos meus pais, não deixam dúvidas quanto a minha fé em Deus. Mas, os acontecimentos ocorridos comigo, no decorrer dos meus quase 56 anos, aumentaram ainda mais a minha fé no criador.

Quando eu estava com oito meses de idade, nossa família morava num sítio em União dos Palmares, chamado de “Baixa Sêca”, onde nasci. Contava minha mãe que, estava eu a engatinhar pela casa, quando fui ao ninho de uma galinha que estava chocando, sem que ninguém percebesse, a galinha deu-me uma bicorada nos meus olhos que quase fiquei cego. Estava aí começando as aventuras de um protegido por Deus.

Meu pai vendeu o sítio, por ordem de Dona Antônia (minha mãe), pois não queria que os filhos fossem criados naquele fim de mundo, sem estudos, sem qualquer tipo de assistência. Fomos morar na antiga e saudosa Rua da Ponte.

Nos fundos do quintal da casa onde nós morávamos, passava o Rio Mundaú. Com uns cinco anos de idade, já dava as primeiras braçadas nadando no rio. Insultei o meu irmão mais novo do que eu (Petrônio), para que também viesse tomar banho, pois eu já sabia nadar, e o protegeria.

Aí então, o coitado começou a se afogar no rio. Fui salvá-lo, ele agarrou no meu pescoço. Ia logo sendo os dois a morrerem, se não fosse uma lavadeira de roupa que estava por perto, certamente, com a ajuda daquele lá de cima, já era.

Tínhamos um cachorro vira-latas, vindo conosco do sítio, e o mesmo não era muito amistoso. Eu também não era lá muito quieto, e um dia desses, inventei de tirar um osso do cachorro. Não foi bem o que esperava. O cachorro avançou em cima de mim e rasgou meu rosto.

Meus pais ficaram numa situação que só Deus os aliviaria. O cachorro ficou louco (pegou raiva). Tomei umas vinte injeções na barriga, e cachorro meu pai teve que sacrificar.

O clube do Zumbi ficava onde é hoje a Praça Benon Maia Gomes. Todos os Natais naquela época eram muito animados com folguedos e pastoris (década de 60). Tínhamos uns parentes que moravam bem em frente ao clube, e não perdíamos uma noite sequer.

Numa dessas noites, saí em disparada de dentro da casa do meu primo, atravessando a rua sem olhar para os lados, e pimba! Fui atropelado. Mas a Mão do criador mais uma vez agiu e escapei.

Fui estudar interno no colégio Salesiano, em Carpina-PE. Tinha onze anos. A área onde é localizado o colégio é muito grande, cheia de fruteiras, e até uma granja pra criação de guinés, tinha no Colégio.

Todas as quintas-feiras, era dedicada à recreação dos alunos. Numa dessas, inventei de subir num pé de jambo. Quando já estava quase no topo, a galha quebrou-se. Desci em queda livre, mas, novamente, a mão de Deus agiu. A última galha do pé de jambo, não sei como, me segurou da queda, que fatalmente não seria de bom grado as consequências.

Passou-se o tempo da infância, da adolescência, e cheguei à fase adulta. Os acontecimentos não pararam por aí. Passei no concurso do Banco do Brasil em 1975, assumi o cargo em Santana do Ipanema-AL em Julho/1976. No mês de dezembro/1976, saímos, eu e a turma do banco pra umas comemorações de fim de ano.

No fim da festa, tivemos a péssima ideia de ir a Olho d'Água das Flores, que fica a 22 km de Santana, para terminarmos a farra. Foi só a desculpa. Na saída da cidade rumo a Olho d'Água, o carro virou. Era um Fusca.

No primeiro dia útil do ano de 2011 (3.1.2011), dirigia-me ao trabalho em São Miguel dos Campos. Estava caindo uma garoa na estrada. Redobrei o cuidado. Na ladeira do Varrela, uma carreta desgovernada me acertou em cheio. Perdi o carro. Mas acreditem, nem um arranhão eu tive. É ou não pra crer?

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