As esperanças se renovam

Olívia de Cássia – Jornalista

Todo ano é assim. Em janeiro as esperanças se renovam, com expectativas de que tudo vai ser diferente e que vamos ter um mundo melhor, cheio de muitas conquistas. No meu caso muito mais, já que janeiro é meu mês de nascimento. Logo no comecinho do ano vou ficando mais velhinha, mais experiente.

Não me acho com a idade que tenho; não me sinto tão passada, mas o peso da idade conta muito para nosso corpo já cansado de tantos anos de correria e labuta. Mas apesar de tudo, as esperanças sempre se renovam nessa época do ano. Como diziam lá em União dos Palmares quando eu era criança, “Ano-Novo tudo se renova”. Às vezes nem sempre, mas espera-se que sim.

É nessa época do ano que a gente gera um monte expectativa para as nossas vidas. Os planos vão se renovando, às vezes se avolumando, ficamos mais esperançosos e otimistas. É mais uma oportunidade para recarregar as nossas baterias e continuar a jornada de luta diária, às vezes tão cheia de contradições e fatos intempestivos.

É mais uma oportunidade que Deus nos dá para que a gente reflita sobre o que estamos fazendo das nossas vidas. Se a estamos conduzindo com bons propósitos, otimismo, disposição, firmeza de caráter e outros itens que nos fazem pessoas melhores nesse mundo tão conturbado e cheio e animosidades.

Os espiritualistas dizem que é fundamental que não nos deixemos impressionar negativamente pelos equívocos de que fomos eventualmente autores. “Afinal de contas somos hoje sabedores de que como seres em marcha evolutiva, muito ainda temos que transpor para atingirmos um nível em que os comprometimentos sejam eliminados”.

Segundo avaliam, o importante é aceitar com humildade os erros cometidos procurando tirar lições dos mesmos e ter o firme propósito de não os cometer novamente.

Seria muito bom se todo mundo soubesse tirar lições positivas diante das adversidades que a vida proporciona, às vezes por culpa de nossos atos e palavras indevidos. Mas tem gente que não aprende, apesar de todas as experiências que a vida nos dá, ainda não caiu a ficha e continuam arrogantes e incompreensivos diante do outro.

Não procuram olhar com outros olhos e esse olhar de forma diferenciada, às vezes faz o contraponto, ajuda na melhora de nós mesmos, nos tornam mais humanos e mais humildes diante da vida.