quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Os animais precisam de amor e proteção

Olívia de Cássia – jornalista
(Texto e fotos)

Os animais nos inspiram ternura, precisam de nosso carinho, cuidados e proteção. Eles são almas tal como a gente é, mas diferentes, pois vivem no agora, enquanto que o humano vive no passado a maior parte de sua vida, segundo alguns estudiosos desse tema.
Todos os dias os animais nos dão lições de vida, de solidariedade, de companheirismo e lealdade, é só a gente procurar observar nas coisas mais simples da vida, no nosso dia-a-dia. Fico revoltada quando vejo alguém maltratando um animal, isso é uma estupidez sem tamanho, uma covardia. Desde criança sempre fui muito apegada a essas criaturinhas divinas que nos dão tanto amor e carinho, pedindo muito pouco de nós.
Quando minhas gatas dão cria, antes de doar os gatinhos, eu dou nome a todos eles e procuro doar a pessoas que eu sei que vão cuidar com amor e carinho. Fico triste quando por acaso eu presenteio alguém com um filhote e depois fico sabendo que aquela pessoa se desfez do bichinho por falta de paciência e desamor. Tem gente que não sabe retribuir o carinho que o animal sente por nós.
Dizem que os gatos levam uma vida independente, que todo mundo queria ter, e que são mais ligados ao lugar onde vivem do que a seus donos, diferente dos cães, que são dependentes e fiéis. Tenho em casa os dois exemplos. Meus filhotes, tantos os felinos quanto os cães, são quase assim.
A gata mias velha, a Jane Joplin, é muito individualista e ciumenta, não se junta aos outros, digo sempre para ela que é a gata mais linda do universo e ela me olha toda orgulhosa, com aqueles olhos azuis de siamesa, fazendo dengos de aprovação para o que lhe falo. Ela me entende.
Os outros três gatos formam um grupo separado e mais unido: a Lolita, o John Lenon e a pequena Nana Caymi vivem grudados, não se separam e ainda trazem outros gatos da rua para comer e ficar aqui em casa com eles na brincadeira e na esbornia.
Já a Malu e o Oto, meus cães da raça Poodle, vivem na área de serviço desde que adotei o Oto, porque ele é hiperativo, faz xixi dentro de casa e não se comporta como eu acho que deveria. Malu, a minha princesa pequenina, vivia solta dentro de casa e em paz com a Jane Joplin, mas desde que ela precisou ficar com o Oto na área de serviço, passou a estranhá-la assim como aos outros felinos de casa. Natural a reação dela.
Já o meu gato John Lenon é muito carinhoso, carente de afeto e dócil. Ele, Lolita e Nana Caymi, se eu deixar, dormem todos os dias comigo e não me deixam sozinha um só instante quando estou em casa. Fazem uma farra gostosa, sobem no teclado do computador e estão sempre aprontando no quarto, com suas brincadeiras de crianças, procurando qualquer coisa para fazerem folia dentro de casa.
Tem dias que estou triste, com problemas que, às vezes, só eu posso resolver, mas que por conta de impedimentos diversos, quase sempre financeiros ou de saúde, vão sendo adiados. Nesses momentos, quando acho que nada tem solução e que estou sozinha no mundo, eu sempre procuro o amparo dos meus filhotes e é lá que encontro o conforto merecido.
Minha mãe me dizia nessas horas que eu me contentasse com o amor dos meus cachorros, que é o amor mais sincero do mundo. Em dias de tristeza como esses que relato, eu vou à área de serviço, onde a Malu e Oto costumam ficar e sento lá com eles, não tenho crise de parecer ter enlouquecido, segundo o conceito de alguns desavisados.
Falo dos meus problemas com eles como se tivesse conversando com uma pessoa amiga, ou com um filho bebê de colo. Choro, desabafo meu rosário de lamúrias, reclamações, indignação diante das injustiças da vida, ladainhas incansáveis que eles nem sabem do que se trata.
Mesmo assim, se colocam solidários e se afligem com minhas tristezas, com minhas lágrimas e se põem a enxugá-las numa sofreguidão, lambendo meu rosto, no sentido de que as lágrimas sequem e eu retome o meu equilíbrio.
Nem todo mundo entende o que é a gente se apegar assim aos animais, tem gente que tripudia, tira onda, critica, mas quando começa a ter um animalzinho em casa, entende e passa a tratá-lo como se fossem ente da família também.
O amor dos animais transcende o tempo, dizem, são almas puras, dóceis, que todo mundo deveria adotar e amar, pois faz bem para nossa personalidade e aprendizado do dia-a-dia. Cotidianamente eles nos dão lições de solidariedade e amor. Vale a pena tentar!

Um comentário:

Franco Maciel disse...

Concordo, Olívia. Tenho uma gata que deu cria recentemente, dois gatinhos lindos, que estou com pena de dar. Hehehehe.

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