Deputados comparecem ao plenário e ALE realiza sessão

Olívia de Cássia - jornalista
(Texto e fotos)

A última sessão acontecida de fato na Assembleia Legislativa, desde que os deputados voltaram do recesso, foi no dia 17 de agosto. Ontem, embora não parecesse no início que haveria número suficiente para o quorum mínimo, os deputados foram chegando e complementaram o número suficiente para que houvesse trabalho na Casa de Tavares Bastos.
O presidente da Casa, deputado Fernando Toledo (PSDB) presidiu os trabalhos, acompanhado dos deputados Sérgio Toledo (PSDB) e Ricardo Nezinho (PTdoB), dando início à sessão. Chegaram a comparecer ao plenário 14 parlamentares, foram lidos alguns requerimentos, mas o presidente encerrou a sessão depois das falas dos deputados Paulão e Judson Cabral, ambos do PT.
O deputado Paulão disse que estava preocupado com dois assuntos que considera importantes: violência em Alagoas e a falta de segurança e também aproveitou para cobrar agilidade e fiscalização na questão da reconstrução das casas para os desabrigados da enchente do dia 18 de junho, conforme matéria abaixo.
O deputado Judson Cabral reforçou a questão da segurança e aproveitou o seu tempo para passar alguns informes. Os deputados Edval Gaia (PSDB) e Antonio Albuquerque (PTdoB) protocolaram requerimento solicitando 25 dias de afastamento para assuntos particulares. De certo para poderem participar com mais liberdade de suas campanhas eleitorais, já que faltam praticamente 30 dias para as eleições de 3 de outubro.
Quando encerrou a sessão o presidente Fernando Toledo concedeu entrevista coletiva aos jornalistas que estavam na ALE. Parece que não gostou do pronunciamento do deputado Paulão sobre a morosidade na construção das casas e disse que o discurso do colega foi ‘eleitoreiro’.
O que ficou claro mesmo para os jornalistas que acompanharam a sessão desta terça-feira é que os deputados não estavam preocupados com o que seria discutido na tarde de ontem, tanto que enquanto o deputado Paulão apresentava números e fazia cobranças no seu discurso alfinetando o Governo do Estado, a maioria dos deputados estava conversando com os que estavam próximos e outros até de costas para a Mesa dos trabalhos estavam.
O que eles estão preocupados mesmo, nesse período, é com as estratégias para angariar mais eleitores para que consigam conservar seus mandatos ou no caso dos que não vão concorrer, elegerem seus substitutos mais próximos: os familiares.
Os deputados Paulão (PT), Rui Palmeira (PSDB) e Artur Lira (PP)disputam mandatos de deputado federal, enquanto os demais disputam a reeleição, concorrendo com os que já estão no dia-a-dia da Assembleia e com novos nomes que estão se apresentando pela primeira vez e fazendo campanhas milionárias. É um salve-se quem puder. E quem viver, verá.