Olívia de Cássia – jornalista
Está chegando a hora de a gente decidir o destino do nosso País, do nosso Estado. Assim como na vida, na política não é possível agradar a todo mundo, cada um tem os seus objetivos, suas dores, seus ideais ou seus interesses pessoais. Não adianta a gente reclamar.
Tem pessoas que reclamam muito dos políticos ladrões, corruptos, mas só vota nos piores candidatos que têm por aí e que só protegem quem não presta, gente envolvida com criminosos e ladrões, seja porque têm algum interesse financeiro ou pessoal.
Confesso que já votei muito por ideologia durante toda a minha vida, mas depois de muitas decepções, hoje voto muito mais por amizade, não nego, embora ainda tenha um pouco desses ideais que moveram a minha juventude; procuro não fugir muito desse foco.
Sou de um tempo em que a gente sonhava com um mundo melhor, mais justo, livre da ditadura, da tirania e pela democracia, pela liberdade de expressão e pelo direito de falar o que sentia.
Sonhávamos com um mundo livre, pela paz e pelo amor, influenciados pelos idealistas libertários e pelos hippies. No Brasil de hoje já tivemos muitas conquistas, com muito suor, lágrimas, sofrimento e morte de alguns que lutaram para ver o País livre da tirania dos militares.
É verdade que havia muita alienação política também, a gente não pode negar. No meu caso, quando fui tendo algum discernimento das coisas, fui logo torcendo pela oposição em União e Afrânio Vergetti de Siqueira, meu primo, era esse espelho para nós.
Meu pai era um apaixonado por política, como eu já disse em outros textos e foi essa paixão do seu João Jonas que me fez acompanhá-lo nos comícios, torcendo pelos candidatos do antigo e saudoso MDB (Movimento Democrático Brasileiro) de onde saíram muitas lideranças que hoje estão à frente das direções dos principais partidos políticos do País.
Outros se corromperam inebriados pelo poder e pelo fascínio do dinheiro sujo de negociatas, feitas na calada da noite, como diria um amigo meu. Mas aprendi com o tempo que o purismo de antes não existe mais.
Aquela inocência da juventude e o idealismo de outros foi se perdendo aos poucos e a gente foi aprendendo que para a esquerda chegar ao poder teria que se aliar ao que achávamos não tão puro e tão decente; tivemos que engolir isso também.
Passados os anos, hoje vejo tudo com cores diferenciadas e não censuro mais os amigos ou outras pessoas que pensam diferente de mim. Já não sou mais aquela jovem radical que por muitas vezes esqueceu sua vida pessoal em nome de seus idealismos.
Aprendi que o que você diz agora pode ser usado contra você num futuro, é só ver os exemplos por aí nessa campanha. Depois de muitas perdas na vida hoje eu procuro escolher meus candidatos de maneira que não me dê uma dor na consciência.
Que todos saibam escolher o melhor para o nosso País, não nos esquecendo de tudo aquilo que conquistamos de positivo nesses dois mandatos do presidente Lula, projeto que deverá ser continuado pela ministra Dilma, caso se confirmem as pesquisas de intenções de voto. Para alguns pode não ser o governo perfeito, mas foi o melhor que o País já teve até agora. Pense nisso!
terça-feira, 28 de setembro de 2010
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Um comentário:
Minha querida e amiga Cássia,
Concordo plenamente com você. Eu ainda sou um idealista. Eu ainda acredito que a nosso cidade e o nosso Brasil tem jeito. É só a gente escolher bem na hora de votar. Eu sou um idealista porque sempre votei no presidente Lula (7 vezes), apesar de não militar no PT; mas por confiar na sua capacidade política. Hoje inquestionável.
Como você citou no seu artigo,o governo Lula foi o melhor que o país já teve. Por isso eu dou um voto de confiança na Dilma, para que ela continue fazendo o trabalho começado pelo presidente Lula.
Um abraço,
Jailton Alves
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