Foto: Olívia de Cássia
Cantor e compositor está em Sergipe
divulgando seu novo trabalho e ficou indignado com ação da SMCCU
Olívia de Cássia – Repórter
O cantor e compositor Geraldo Cardoso, por telefone, lamentou a demolição de dez casas de sua
propriedade; oito prontas duas só com as paredes suspensas, localizadas entre o Ouro Preto e a Gruta de Lourdes,
denominado loteamento Gruta de Lourdes. O fato aconteceu na manhã desta
quarta-feira (29).
A ação aconteceu porque a Superintendência Municipal de
Controle do Convívio Urbano (SMCCU) e a Secretaria Municipal de Proteção ao
Meio Ambiente (Sempma) avaliou que a duas casas inacabadas em construção seriam
irregulares e foi erguida em uma Área de Proteção Permanente (APP). A Guarda
Municipal e o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) deram apoio à ação.
O engenheiro da SMCCU, Galvaci de Assis, disse na
oportunidade à imprensa, que Geraldo Cardoso não respeitou as notificações nem
o embargo dado pelo município, até chegar a esse ponto. O cantor, que está em
Sergipe fazendo divulgação de seu novo DVD e só volta para Maceió na
sexta-feira, 1º de maio, disse que está indignado com o ato dos agentes
públicos da Prefeitura, que ele chama de covardia.
“Meu filho foi lá no
local e viu tudo destruído e me disse por telefone: ‘painho, isso foi uma
covardia que fizeram com você’. É mentira que eu tenha construído casas em
terreno irregular e de preservação. Tenho toda a documentação que comprova o
contrário”, disse ele.
O proprietário alega que está sendo acusado, julgado e
condenado injustamente e que todas as taxas: IPTU, CREA e SMCCU foram pagas no
momento em que deu entrada no alvará antes de começar a obra e que esperava que
a SMCCU levasse o topógrafo, mas depois de dois meses ele não compareceu.
“Contratei então um
topógrafo que presta serviços para o órgão e ele fez topografia do local e
constatou que tudo estava regular. Por isso de início às obras. Depois da obra
começada recebi a notificação alegando que tinha uma denuncia anônima que as
duas das casas estariam fora das medições”, disse o proprietário.
Ele contesta a alegação do Sr. Galvaci e explica que
compareceu ao órgão as duas vezes que foi citado e foi acompanhado de sua arquiteta
e que falou pessoalmente com o Sr. Galvaci. Na ocasião foi informado da
possível irregularidade e por isso seria feito outro levantamento topográfico
para tirar as dúvidas e seguir com o processo. “Porém a secretaria em questão
que se comprometeu em reunião mandar o topógrafo, jamais o fez. A obra então ficou parada durante esses dois
meses à espera. E hoje foi surpreendido com essa decisão arbitrária”, pontuou.
Segundo Geraldo Cardoso, “isso que fizeram comigo parece
perseguição política, parece que estamos numa terra sem lei; eu não tenho
inimizades com ninguém. Foi arbitrariedade, sem aviso prévio; eles derrubaram
tudo. Isso não vai ficar assim, eu vou entrar na Justiça e quero que a
Prefeitura de Maceió se responsabilize, porque, inclusive, criaram pânico aos
filhos menores dos trabalhadores da obra, que moram no local”, destacou.
O cantor e compositor de forró alega ainda que pediu
dinheiro emprestado no banco para a compra do terreno “O terreno é meu há mais
de 13 anos como consta na escritura e procuração anexo. Fiz a contabilidade do
meu prejuízo e foi em torno de R$ 315 mil”, argumenta.
Geraldo Cardoso ressaltou que aquelas casas são fruto do seu
suor: “Eu fiz para garantir o futuro dos meus filhos. Contratei uma arquiteta
para fazer o projeto e um engenheiro, juntei a documentação e dei entrada, as
casas são do tipo quitinete; eu tenho um nome a zelar e não gosto das minhas
coisas irregulares”. O compositor reforça que está se sentindo injustiçado,
penalizado.
“Vou entrar com uma ação de danos materiais e morais contra
a Prefeitura de Maceió, e contra as secretarias que irresponsavelmente fizeram
a demolição das minhas casas. Não tenho esse perfil que estão divulgando, estou
transtornado, não só pelo dano material, e sim pelo dano moral: isso é grave, a
gente luta 26 anos para ter um bom nome e vem pessoas com má intenção tentar
denegrir minha imagem perante a sociedade”, protesta.
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