quinta-feira, 30 de abril de 2015

Geraldo Cardoso vai entrar na Justiça por perdas e danos morais



 Foto: Olívia de Cássia 

Cantor e compositor está em Sergipe divulgando seu novo trabalho e ficou indignado com ação da SMCCU

Olívia de Cássia – Repórter

O cantor e compositor Geraldo Cardoso, por telefone,  lamentou a demolição de dez casas de sua propriedade; oito prontas duas só com as paredes suspensas,  localizadas entre o Ouro Preto e a Gruta de Lourdes, denominado loteamento Gruta de Lourdes. O fato aconteceu na manhã desta quarta-feira (29).

A ação aconteceu porque a Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU) e a Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) avaliou que a duas casas inacabadas em construção seriam irregulares e foi erguida em uma Área de Proteção Permanente (APP). A Guarda Municipal e o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) deram apoio à ação.

O engenheiro da SMCCU, Galvaci de Assis, disse na oportunidade à imprensa, que Geraldo Cardoso não respeitou as notificações nem o embargo dado pelo município, até chegar a esse ponto. O cantor, que está em Sergipe fazendo divulgação de seu novo DVD e só volta para Maceió na sexta-feira, 1º de maio, disse que está indignado com o ato dos agentes públicos da Prefeitura, que ele chama de covardia.

 “Meu filho foi lá no local e viu tudo destruído e me disse por telefone: ‘painho, isso foi uma covardia que fizeram com você’. É mentira que eu tenha construído casas em terreno irregular e de preservação. Tenho toda a documentação que comprova o contrário”, disse ele. 

O proprietário alega que está sendo acusado, julgado e condenado injustamente e que todas as taxas: IPTU, CREA e SMCCU foram pagas no momento em que deu entrada no alvará antes de começar a obra e que esperava que a SMCCU levasse o topógrafo, mas depois de dois meses ele não compareceu.

“Contratei então um topógrafo que presta serviços para o órgão e ele fez topografia do local e constatou que tudo estava regular. Por isso de início às obras. Depois da obra começada recebi a notificação alegando que tinha uma denuncia anônima que as duas das casas estariam fora das medições”, disse o proprietário.

Ele contesta a alegação do Sr. Galvaci e explica que compareceu ao órgão as duas vezes que foi citado e foi acompanhado de sua arquiteta e que falou pessoalmente com o Sr. Galvaci. Na ocasião foi informado da possível irregularidade e por isso seria feito outro levantamento topográfico para tirar as dúvidas e seguir com o processo. “Porém a secretaria em questão que se comprometeu em reunião mandar o topógrafo, jamais o fez.  A obra então ficou parada durante esses dois meses à espera. E hoje foi surpreendido com essa decisão arbitrária”, pontuou.

Segundo Geraldo Cardoso, “isso que fizeram comigo parece perseguição política, parece que estamos numa terra sem lei; eu não tenho inimizades com ninguém. Foi arbitrariedade, sem aviso prévio; eles derrubaram tudo. Isso não vai ficar assim, eu vou entrar na Justiça e quero que a Prefeitura de Maceió se responsabilize, porque, inclusive, criaram pânico aos filhos menores dos trabalhadores da obra, que moram no local”, destacou.

O cantor e compositor de forró alega ainda que pediu dinheiro emprestado no banco para a compra do terreno “O terreno é meu há mais de 13 anos como consta na escritura e procuração anexo. Fiz a contabilidade do meu prejuízo e foi em torno de R$ 315 mil”, argumenta.

Geraldo Cardoso ressaltou que aquelas casas são fruto do seu suor: “Eu fiz para garantir o futuro dos meus filhos. Contratei uma arquiteta para fazer o projeto e um engenheiro, juntei a documentação e dei entrada, as casas são do tipo quitinete; eu tenho um nome a zelar e não gosto das minhas coisas irregulares”. O compositor reforça que está se sentindo injustiçado, penalizado.

“Vou entrar com uma ação de danos materiais e morais contra a Prefeitura de Maceió, e contra as secretarias que irresponsavelmente fizeram a demolição das minhas casas. Não tenho esse perfil que estão divulgando, estou transtornado, não só pelo dano material, e sim pelo dano moral: isso é grave, a gente luta 26 anos para ter um bom nome e vem pessoas com má intenção tentar denegrir minha imagem perante a sociedade”, protesta.


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