quinta-feira, 14 de abril de 2011

Treze anos se passaram...

Olívia de Cássia – jornalista

No dia 12 de abril completou 13 anos da morte do meu querido pai. Treze anos se passaram; o tempo ‘anda’ muito rápido e a gente nem percebe o que vai ficando para trás. As lembranças são muitas.

Eu e meu pai tínhamos uma sintonia muito forte; interiormente éramos muito parecidos, apesar da diferença de idade. Ele era mais idealista, mais sonhador que a minha mãe. Apesar da simplicidade dele, nós nos entendíamos melhor nos nossos gostos e afinidades.

Foi em 12 de abril de 1998 que recebi a notícia do falecimento de seu João. Meu pai ficou inválido durante 14 anos, sem ir para a missa, sem fazer os seus passeios à Pracinha do Cinema, sem ir no viaduto, coisas que gostava muito de fazer.

Apesar de sabermos que ele estava muito fraquinho, por conta das complicações provocadas pela ataxia, recebi a notícia com muita tristeza. Ia embora com meu pai outra parte de mim, a parte melhor.

Com a morte do meu pai eu perdi um grande amigo, perdi o meu porto seguro, a possibilidade de uma vida melhor e mais confortável.

O mês de abril é sempre de muitas lembranças para mim. No dia 16 papai completaria 89 anos e no dia 20, minha mãe faria 86. Sinto um grande vazio com a ausência deles em minha vida. Às vezes paro para pensar em como seria bom ainda tê-los por perto, pedir uma orientação, um conselho, um apoio, mas isso não pode mais ser feito.

Nem meu pai nem minha mãe estão mais na nossa antiga casa, a 35 da Tavares Bastos, em União dos Palmares, mas ficaram os ensinamentos e os valores que eles nos passaram. Isso não vai morrer nunca.

Tudo se transformou com a morte dos meus pais. Fiquei mais desprotegida, mais frágil, mais sensível e mais vulnerável. Tudo de mais importante na minha vida eu vivi com a presença de meus pais.

A educação que deram aos filhos, os exemplos de honestidade, religiosidade e de como a gente devia proceder na vida foram os maiores tesouros que deixaram, um legado que nunca vai ser esquecido.

Tem dois meses que não vou a União dos Palmares para matar minha saudade, sinto falta de lá. Se pudesse já teria um cantinho só meu, mas hoje eu quero deixar aqui uma homenagem para meu pai, agradecer mais uma vez por tudo e desejar que esteja em paz onde estiver.

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