Sem limpeza e sem cuidados,
local virou pasto de animais
e coloca a população em risco
Olívia de Cássia - Repórter
A comunidade do Graciliano Ramos, no Tabuleiro do Martins, em Maceió, está pedindo socorro para que a Prefeitura tome providências com relação aos transtornos causados pela falta de limpeza no terreno onde fica o açude da região.
Segundo seu Antônio Jorge Cavalcante de Melo, o açude do bairro está sem limpeza há vários meses e completamente sem estrutura para receber as águas das fortes chuvas que caem em nossa capital neste inverno. Seu Antônio é líder comunitário e disse que, além disso, a fedentina está tomando conta do ar devido a ligações de esgotos clandestinos. Sem contar com o jogo de empurra que acontece: a prefeitura diz que é com o governo e o governo diz que a responsabilidade é da administração municipal.
Faz tempo que os moradores reivindicam melhorais no bairro, mas até agora dizem que nada foi feito. Em fevereiro do ano passado, a comunidade havia cobrado uma solução para o problema, e a Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) garantiu que a limpeza seria feita até o dia 31 de março, o que não aconteceu.
O líder comunitário disse que já foram várias as solicitações que enviaram pedindo providências ao poder público, mas até agora, nada, e mais uma vez eles apelam para as autoridades. “Se não tiver uma providência, os moradores do Graciliano Ramos vão fazer um abaixo-assinado e pedir providência ao Ministério Público. As luzes do bairro estão apagadas; aqui é uma área onde as pessoas caminham”, destaca.
Seu Antônio Jorge diz ainda que os moradores também não têm consciência e colocaram as ligações de esgoto no açude, o que causa fedentina no local, que foi construído para captar águas das chuvas.
“Estamos correndo o risco de uma nova enchente; a última que ocorreu foi em 2004 e até agora os moradores não foram indenizados. Aqui se tornou uma fazenda, tem animal de todo tipo e outro dia morreu um cavalo afogado; a população está correndo o risco de contrair doenças por causa da sujeira e do mau cheiro provocado pelas fezes que são jogadas in natura no local”, pontua.
Seu Antônio Jorge também reclama da inoperância da Associação dos Moradores do bairro e acusa os integrantes de coniventes. “A associação não faz nada, porque é conivente, tem integrante com o ‘rabo-preso’ e devia fazer alguma coisa, um abaixo-assinado e denunciar no MP”, avalia.
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