Olívia de Cássia – jornalista
Vou iniciar meu texto de hoje transcrevendo o conceito de improbidade administrativa. “O ato ilegal
ou contrário aos princípios básicos da Administração Pública, cometido por
agente público, durante o exercício de função pública ou decorrente desta.
Segundo Calil Simão, o ato de improbidade qualificado como administrativo é
aquele impregnado de desonestidade e deslealdade”.
É por causa dessa irregularidade que estamos às voltas com
tanta Comissão Parlamentar de Inquérito e denúncias de corrupção e irregularidades,
guardadas as devidas proporções. Muita gente se põe a comentar e a falar mal do
país, por conta das notícias veiculadas de corrução e roubalheira, confundem
alhos com bugalhos, como é do interesse dos que se dizem opositores e se põe a
falar mal da corrupção que se agigantou no país.
Essa gente mesmo que fala mal de gestores e políticos foi
quem colocou no Congresso Nacional e nos demais parlamentos tais políticos e
nas próximas eleições voltarão a fazê-lo: por beleza, amizade ou falta de
propostas e depois não lembra nem em quem votou.
Sobre a crise econômica do país tão alardeada na mídia,
sabemos que não acontece só no Brasil, mas é uma constatação mundial, segundo
os economistas e especialistas sérios, esse período de turbulência tende a
arrefecer nesse segundo semestre. Tomara. Quem conhece uma pouco da história sabe
que é por conta de fatores como a corrupção, improbidade e da falta de leitura que
nascem a corrupção e o desalinho no mundo.
Voltando às atividades do parlamento, da janela da Assembleia
Legislativa, numa pausa para o café, vejo o movimento da rua, em frente à
Ladeira da Catedral: tudo continua como antes. Na calçada uma mulher jovem,
sentada, todo dia, com uma criança nos braços, exposta à intempéries do tempo,
sem comida, sem escola e sem lazer.
Todo dia é assim e de volta à rotina pela manhã, avaliava
que o cenário tivesse mudado. Tudo igual, bem próximo a essa moça, um idoso pedinte,
com a perna enfaixada. E fico me perguntando cadê as instituições que deveriam
observar isso.
É verdade que há dez
anos essa cena era mais frequente e a miséria mais aparente, mas me causa
estranheza que nem o Conselho Tutelar e nem um órgão do poder público tenha atentado para a questão,
que se dá bem no centro de Maceió, e na calçada da Igreja da Catedral
Metropolitana. A criança já está em idade escolar de creche infantil e sendo
usada para atrair possíveis doadores.
Também diariamente, nos ônibus da capital alagoana, já se
tornou uma rotina a prática dos pedintes e o curioso é que tem um rapaz ainda
jovem, que já pede nos ônibus há mais de dois anos com o mesmo discurso, usa
uma criança para pedir dinheiro.
Ele diz que a filha estava internada, que precisou de uma
medicação que é cara e que deixou de vender as guloseimas no ônibus, porque
precisa de dinheiro para a medicação e a alimentação da filha.
Mesmo diante desse quadro a gente tem que reconhecer que a
miséria no País diminuiu depois da implantação do programa Bolsa Família,
embora muita gente critique e chame de bolsa esmola. Avalio ainda que na desvirtuação dos projetos,
a corrupção sempre aparece e falta
fiscalização, mas tem muita gente que se aproveita disso e é preciso ficar de
olho.
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