Artista conta que começou tocando em bandas, em 1991, mas naquela época
não era tão fácil
Olívia de Cássia - Repórter
O vocalista das bandas Cachorro Urubu e Som de Vinil, Felipe Seixas, está em andamento nas composições de músicas autorias, junto com Vitor, Júnior e a parceira de John, que é praticamente a turma da banda Cachorro Urubu fazendo o trabalho autoral, segundo ele comenta.
Felipe Seixas é conhecido do público alagoano pelo projeto Tributo a Raul, em que o músico incorpora o rei do rock brasileiro Raul Seixas há 13 anos e como integrante da Banda Som de Vinil, conhecida na noite de Maceió, tocando músicas de qualidade e que agradam seu público.
O músico começou a carreira em bandas no ano de 1991, com Hélio Pisca, que tocou na banda Mopho por muito tempo, quando um grupo de jovens que apreciavam rock in roll e a boa música montou uma banda para tocar, pois àquela época não era fácil, pois eles não tinham onde tocar e nem estúdio para gravarem.
“A gente ensaiava na casa de cada um e outro, na garagem, com equipamento simples. Eu vim viver da música mesmo a partir de 2001, quando surgiu a Cachorro Urubu, com a ideia de fazer a homenagem ao Raul e a banda já tem 15 anos. Agora a gente fez um especial tocando Raul e o João, que é irmão do Vitor, cantando Tim Maia; foi fantástico”, avalia.
Felipe explica que a Som de Vinil foi criada para tocar outras coisas na época: rock in roll dos anos 60, 70, nacional e internacional (Beatles e Secos e Molhados), entre outros sons. “Hoje a gente toca músicas dos anos 80, já com outra formação, e esse trabalho autoral”.
Felipe Seixas conta que ainda não tem data definida para lançar o trabalho autoral, que é uma proposta antiga, mas observa que já está em processo de produção das músicas: “Estamos no processo de criação, fazendo as músicas e logo logo vamos entrar em estúdio para gravar, eu e João”, pontua.
O jovem artista diz que sobrevive atualmente tocando na noite com a banda Som de Vinil em várias casas de shows e barzinhos da capital alagoana e fazendo muita festa como: casamentos, aniversários, confraternizações e tocando aquilo que gostam.
“A gente tem sorte de tocar, pelo tempo da banda, que já é conhecida em Maceió. As pessoas gostam, a gente toca o que gosta e curte e muita gente que vai assistir interage e gosta; tem muitos jovens também, que se identificam com a banda e o repertório que toca”, pontua.
Felipe diz que sempre aparecem locais para tocar: nos bares, nas boates e muita festa; nesse e no outro fim de semana já tem agenda para cumprir. Ele avalia que poderia ser melhor, “porque em Maceió a questão da cultura é muito complicada”.
Indagado sobre o que acha do péssimo gosto dos jovens de hoje, ele explica que gosta de música boa, depende do estilo: “Eu toco rock desde muito cedo; mas gosto de Almir Sater, Sérgio Reis, Renato Teixiera, que é a raiz da verdadeira música sertaneja; Paulinho da Viola, os sambas de Djavan, que eu acho fantásticos”, ressalta.
. “É muita ostentação, apelação, retrato de que a educação e a cultura não tem vez, mas a gente fica feliz de ver muito jovem gostando de rock, de muita coisa boa, a esperança ainda fica com essa turma nova”, destaca.
Sobre o mercado alagoano para a música, Vitor, guitarrista da Cachorro Urubu, da Som de Vinil e parceiro de Felipe no trabalho autoral, diz que está difícil e que nunca foi fácil: “Está difícil, as casas são poucas e as que conseguem resistir, no segmento de rock são menos ainda. É uma dificuldade sem fim, mas a gente está resistindo”, observa.
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