terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Campo minado

Olívia de Cássia - jornalista

Eu queria um mundo diferente, a frase pode parecer clichê, mas cabe bem no tamanho daquilo que penso por esses dias, sem insônia, mas de algumas inquietações que já me acompanham há algum tempo. 

Sou uma mulher madura, mas ‘antenada’ em algumas modernidades como as redes sociais e internet, até porque minha profissão me leva a isso e também por gostar muito, mas as mídias eletrônicas são ‘campos minados’.

Eu uso as redes sociais para o trabalho e também para informação e distração,  mas elas me revelam universos particulares e pessoais até então desconhecidos, de pessoas que às vezes a gente nem imaginava que tivesse  aquele ou outro tipo de pensamento. 

Esses sítios são locais em que precisamos ter muito cuidado, onde nós muitas vezes nos revelamos e identificamos quem realmente nós somos. Não digo que já não tenha cometido alguma indiscrição e depois precisei apagar, porque me policio para não colocar no Facebook algumas situações que depois possam prejudicar alguém, mas dá para perceber o quanto existe de preconceitos, falta de informação e intransigência nessa teia.

Um exemplo disso são as informações que se coloca e que são distorcidas ou não absorvidas e deturpadas por alguns entes: ou por má-fé ou porque não alcançam o conteúdo da informação. Outro dia eu coloquei um texto e ele foi totalmente distorcido e por essa situação tive que excluí-lo, por conta dos comentários que gerou minha observação.

Muita gente usa as redes sociais apenas para se divertir, com humor, outras usam a ferramenta para divulgar seu trabalho e sua plataforma de atuação ou as duas situações, mas alguns se utilizam delas para atirarem pedras, difamarem e criminalizarem pessoas e ou distorcer aquilo que se posta.

Um exemplo disso se acentuou na campanha eleitoral, nos debates que foram e são colocados, em que todo mundo opina, muitas vezes com arrogância e falta de educação e acha que sua avaliação é a verdade única e absoluta, incriticável e avassaladora. Pessoas que se acham ‘donas do pedaço’.

Tenho colocado no espaço que a gente precisa abstrair o que nos faz mal, aproveitar a vida e não querer viver a vida dos outros. É difícil construir esse pensamento, mas precisamos de vez, abstrair o que nos faz mal, ouvir música boa, não essas porcarias que a gente escuta por aí e nos engajar em uma boa causa como a proteção dos animais.

Precisamos de alguma forma defender e contribuir com políticas sociais e inclusivas, participar de campanhas solidárias, praticar boas ações, porque de resto, a gente não leva nada quando vai para outro plano, a não ser as coisas positivas e afirmativas que deixou.

É muito difícil a gente colocar em prática muitas teorias que defende, se a nossa teoria for diferente da nossa prática. Muitas pessoas costumam dizer uma coisa e fazer outra completamente diferente daquilo que teorizam e daí vai uma distância de anos luz, entre uma e outra questão.

É difícil a convivência, mas tentamos fazer o outro observar que é preciso ter mais leitura, suavidade, tolerância, mais conhecimento de causa, sem precisar ser ‘intelectualoide’ e chato e tentar ser feliz, sem incomodar a vida do outro. Bom dia.  


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