Olívia de Cássia - jornalista
Qualquer preocupação que me tire o foco dos objetivos que
venho perseguindo na vida me incomoda de uma forma dolorida. Tenho andado sem
concentração, a cabeça doendo, a pressão descontrolada, tudo isso por causa de incômodos
causados pela minha falta de tato para administrar a minha vida financeira.
Deve ser isso, eu
avalio. Não sei lidar com esse lado material da vida, e com pouco dinheiro
eu não sei fazer nada e me apavoro com a perspectiva de pensar que não vou
poder arcar com todas as obrigações mensais que tenho e isso está me
prejudicando a saúde.
Tenho andado com a pressão descontrolada: tem dias que está
alta, outros baixa e me sinto mal de todo jeito, tanto ela alta quanto baixa.
Desde a quarta-feira que tenho sentido esses incômodos, como se fossem avisos
dentro de mim.
Além dessas preocupações com as dívidas, os incômodos da
TPM, da quase menor pausa em uma mulher da minha idade, tudo isso me faz
refletir muita coisa na minha vida: o fato de eu não ter conseguido me firmar
financeiramente, como era a preocupação de papai, a velhice batendo à porta e
com ela todas as limitações e ainda mais quando se tem a ‘sorte’ de ter herdado
uma ataxia, sem querer me lamentar.
Não estou reclamando, Diário, estou só constatando
circunstâncias. Longe daqui eu querer voltar àquela vida de viver mal humorada,
reclamando de tudo e mal dizendo da vida. Eu quero ter a chance de ter a
felicidade numa vida mais tranquila, mais confortável.
Estou fazendo o que gosto na profissão e isso já me deu um
alento, uma mudança de vida qualificadamente, espiritualmente mais resolvida.
Tenho estado melhor no corpo e na alma. Isso todos perceberam.
Sou outra pessoa no aspecto físico no que diz respeito ao
bem-estar comigo mesmo e com os outros. Fazer o que a gente gosta no trabalho é
muito bom e eu amo o que faço. Eu não saberia ser outra coisa que não fosse ser
jornalista, escrever, além de veterinária se eu tivesse tido a chance.
Reflexões que me pego fazendo neste fim de noite de sábado,
quando as notícias lá de fora não são muito alegres. Perdemos mais um colega de
profissão, tragado por um infarto fulminante e ficamos nos perguntando tanta
coisa e procurando respostas que não encontramos. É a vida.
O calor é sufocante e não consigo pregar no sono. Desço as
escadas e fervo uma água para fazer um chá, para ver se consigo me aquietar e
finalmente pregar no sono, dá um tempo nas preocupações financeiras e finalmente
me acalmar.
Penso na vida, nas oportunidades que às vezes a gente deixa
passar e que são únicas, elas não voltam, por isso que a gente tem que
aproveitar e viver intensamente cada minuto que nos resta da vida porque a vida
é um instante e nós não somos nada se não tivermos a espiritualidade, a
alegria, a positividade dentro da gente.
Preciso disso, dessa renovação de espiritualidade dentro de
mim, de esperança e da fé, para que eu possa crescer muito mais e dentro da
humildade, da perseverança, da busca da paz procurar ser melhor a cada dia. Boa
madrugada para todos!
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