sábado, 5 de abril de 2014

Jornalistas debatem comportamento de assessorado e assessor

Fotos: Olívia de Cássia
Jornalista Carlos Gonçalves
Oficina fez parte da programação do último dia do 36º Congresso Nacional dos Jornalistas

Olívia de Cássia – Repórter

Neste sábado, 5, no Centro de Convenções Rute Cardoso, em Jaraguá, os jornalistas debateram em oficina, “A complexidade do comportamento do assessorado e do assessor de imprensa diante nas mídias sociais”, no painel ‘O Jornalismo e a Democracia Contemporânea’, no último dia de programação científica do Congresso Nacional dos Jornalistas.

A palestra foi ministrada pelo jornalista Carlos Gonçalves, assessor dos Correios e estudante de psicologia e abordou as várias questões ligadas ao tema. Segundo o jornalista, algumas instituições já estão se preparando e elaborando um manual de conduta do assessorado para atuação nas mídias sociais.

“O manual deve conter os motivos para o assessor usar as mídias sociais (Facebook, Twitter, etc); princípios gerais da conduta, diplomacia e netiqueta; monitoramento dos perfis e canais em mídias sociais; penalidades e consequências do uso incorreto das mídias sociais, que podem resultar em advertência, suspensão e até demissão”, observa.


Carlos Gonçalves ressalta que algumas empresas em Alagoas já estão correndo contra o tempo e elaborando o seu manual, para evitar alguns constrangimentos como os que têm ocorrido, de alguns assessores falarem mal das empresas para quem trabalham.

Durante quase duas horas os jornalistas debateram quais seriam os caminhos apontados daqui por diante com relação à conduta dos assessores nas redes sociais e se é possível dissociar o perfil pessoal do trabalho. Segundo ele, não é possível.

“A internet ficou meio que terra de ninguém; tem gente que tem discernimento, mas outros sem noção. A forma (o manual) não é uma ditadura, é uma maneira de dizer que existem limites e diretrizes, pois existem pessoas que se acham no direito de esculhambar A, B e C e isso já está lhe enquadrando com determinado comportamento”, destaca.

Outra coisa que  o meio já está percebendo, segundo ele, é que alguns partidos políticos já estão fazendo manuais para seus filiados usarem as mídias sociais. “O PT está fazendo uma cartilha para orientar os militantes, as eleições vêm aí e tem que se preocupar com os candidatos ou quem quer que seja, sobre a exposição da sua imagem”, pontua.

Na oficina os jornalistas apontaram exemplos e debateram a respeito das limitações que um manual de conduta pode trazer. Carlos Gonçalves avalia que é necessário bom senso para se utilizar as redes e que os assessores devem se policiar a respeito do que estão postando em seus perfis.

“Não é impossível dissociar a sua conduta pessoal do trabalho que você exerce (no caso dos assessores). Se você está num local, mal vestido ou com conduta não muito adequada, as pessoas não vão te ver como a pessoa tal e sim como fulano, que é assessor da instituição tal. Hoje em dia tudo passa pelas redes sociais, queiramos ou não. É uma mudança de cultura e de comportamento e as pessoas estão fazendo uma viagem. Não se passa nada que não se coloque nas redes numa exposição desnecessária”, argumenta.  

Quem é

Carlos Gonçalves é ex-integrante da Diretoria de Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas;  é formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), pós-graduado em Gestão Empresarial, também pela Ufal, e graduando em Psicologia.

Atua como Assessor de Comunicação dos Correios em Alagoas há 20 anos. Há oito anos, leciona na Pós-Graduação de Comunicação e Marketing do Cesmac/AL, onde já ministrou as disciplinas ‘Relacionamento com a Mídia e com o Assessorado’ e ‘Comunicação Interna/Cultura Organizacional’. Atualmente, ministra a disciplina ‘Media Trainning’. Também atua como consultor para profissionais liberais, políticos e empresários.


 

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