quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cícero Ferro ataca TJ e chama sindicalista de maloqueiro

Olívia de Cássia – jornalista
(Texto e fotos)



Em discurso inflamado, o deputado Cícero Ferro (PMN) (foto) atacou o Conselho Estadual de Segurança e o Tribunal de Justiça, inconformado porque o Tribunal expediu um habeas corpus, no último dia 30, favorecendo os acusados no atentado que sofreu em 2004.
O deputado foi o primeiro a fazer o uso da palavra na Casa, assim que foi lida a ata da sessão anterior. Ele criticou o promotor Antônio Barbosa Carnaúba pela liberação dos acusados contra a sua vida e falou do atentado que sofreu, tendo sido atingido, segundo ele, por 200 tiros. “Desses 200, nove me atingiram”, disse ele.
Não é a primeira vez que o deputado Cícero Ferro (PMN) faz uso da palavra na Casa para atacar a Justiça alagoana. Em seu discurso ele enfatizou que não é bandido “bandido é o pessoal do TJ e do Conselho Estadual de Segurança”. A reclamação do parlamentar se deu pelo motivo de o Conselho de Segurança ter negado a ele uma solicitação de mais proteção do estado.
Ferro também atacou dizendo que a instituição teria liberado quatro policiais para fazer segurança “de um maloqueiro, Ernandi Malta”, (presidente do Sindicato do Poder Legislativo que é testemunha do assassinato do vereador por Delmiro Gouveia, Fernando Aldo, cujo processo aponta o deputado Cícero Ferro como principal acusado).
“Eu não sou bandido, bandido pode ter no Tribunal, já me fizeram três atentados. Se eu for assassinado o Tribunal é o responsável pela minha morte. Já tentaram me matar três vezes, eu não vou me calar”, bradou Ferro da tribuna da Casa, acrescentando que os homens que atentaram contra a sua vida fizeram uma comemoração em Minador do Negrão, que segundo ele vivem afrontando a Justiça.
“Prefiro morrer falando, bandidos são esses que o TJ deu o habeas corpus. Ninguém passou o que a minha família está passando, o Conselho de Segurança não melhorou a segurança do Estado e a criminalidade em Alagoas cresceu. O tribunal está contribuindo com isso”, reclamou.
Foi um discurso longo o do deputado que deixou a todos que estavam na Assembleia de queixo caído. Consultado sobre as acusações contra ele, o presidente do Sindicato do Poder Legislativo, Ernandi Malta, disse que não tem medo do deputado. “Alagoas conhece quem é Cícero Ferro e quem é Ernandi Malta”, observou o sindicalista.

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