Olívia de Cássia – jornalista
Meu texto de hoje é para fazer uma pequena retrospectiva
desse ano, que termina com a adrenalina dos brasileiros colocada à prova. São
muitos os acontecimentos na seara política. O
país está vivendo um momento delicado, desde o final das eleições de
2014.
Os derrotados nas urnas ainda não se conformaram com a
vitória da presidente Dilma Rousseff, que desde então só administra problema.
Muitos erros aconteceram, mas isso não é motivo para que se coloque o país e a
nossa democracia em risco.
E lá se vai um ano quase perdido; o país está praticamente
parado em decisões importantes, tendo em vista essa peleja, acentuada com o
pedido de impeachment aceito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB),
um político sem escrúpulos, como já foi mostrado amplamente.
Vários especialistas de renome têm reafirmado que essa
bandeira de impedimento levantada por alguns setores da oposição é uma farsa,
como bem disse o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto.
“O Brasil já enfrentou crises em sua história e aprendeu uma
valiosa lição: a democracia é o melhor remédio para superar impasses”. Essa
aventura foi gerada pelo inconformismo do senador Aécio Neves (PSDB).
Não conformado com a derrota, fomentou vários factoides na mídia
vendida, e como bem disse uma postagem engraçada no Facebook, é o único caso de derrota que subiu à cabeça
e que acirrou os ânimos de pessoas inescrupulosas que pretendem rasgar a nossa
Constituição.
Muita gente foi para a rua pedir a saída da presidente,
eleita legitimamente pela maioria, porque se sente incomodada com as melhorias
sociais proporcionadas pelos governos Lula e Dilma. Isso é fato.
Não se conformam com o país ter saído do estado de miséria
absoluta; com cotas sociais; com o programa Bolsa Família e outros programas
que melhoraram a vida de quem não tinha sequer o que comer. Isso é egoísmo e
não estou falando isso achando que o país está às mil maravilhas, porque não
está.
Muitas dessas pessoas não leem e outras pensam assim por
puro oportunismo mesmo. Até aqui nada foi provado contra a presidente Dilma
Roussef. Não há nada que justifique um
pedido de impeachment contra essa mulher guerreira que enfrentou uma ditadura,
foi torturada e sobreviveu aos maus tratos de seus carrascos.
Construiu-se uma tese política falsa, tumultuaram o país e
não querem a governabilidade. Que se apurem os escândalos, doa a quem doer,
puna-se os verdadeiros culpados, porque o povo não aguenta mais tanta
sacanagem.
Que o Tribunal Superior Eleitoral e as outras instâncias
representativas do Poder apurem suspeitas de abusos de poder político e
econômico e outras irregularidades, mas que não se construam teses falsas em
nome de uma oposição que sequer tem projeto político para o país. Fica a dica.
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