Olívia de Cássia – jornalista
Dizem os especialistas que a gente tem que se planejar no
fim do ano que termina para atingir as metas no ano que chega; traçar metas e
tentar cumpri-las. Eu gostaria muito de ter essa organização e espírito de
determinação.
No meu caso, costumeiramente, nada do que planejo, se por
acaso o faço, dá certo. Às vezes prefiro ir na aventura mesmo ou não fazer.
Vejo muitas pessoas quando chega o fim do ano, principalmente na virada para o Ano-Novo,
fazendo promessas diversas.
Muitos e tantos chegam a acreditar que vão realizar o
planejado e muitas vezes realizam mesmo. Da mesma forma que sou diferente de
todo mundo, prefiro ir levando, já que em outros momentos cheguei a listar
vários objetivos e nenhum eu consegui atingir tal o grau da minha
desorganização pessoal.
Não posso dizer que 2015 tenha sido o pior ano da minha vida;
isso não. Apesar dos problemas que o país está passando e os que tenho
vivenciado, esse não foi dos piores e passou tão rápido que nem acredito que tenha
terminando.
Nessa altura do campeonato o que desejo mesmo é um pouco
mais de saúde; clemência do criador para me dar um pouco mais de chance; um
pouco mais de vida, para que eu continue trabalhando e fazendo minhas próprias
tarefas.
Diz o poeta que a receita para um ano-novo é que você se
renove primeiro, pois não adianta você querer que o ano te traga mudanças se
você não mudar primeiro. Nesse caso quem tem que se renovar sou eu.
Resolvi já há algum tempo, viver a vida de forma leve,
tentando aproveitar o que ela tem de mais belo, sem me importar com o amanhã.
Viver cada momento da forma como posso,
tentando dar mais suavidade aos dias que me restam.
Nunca fui de me importar e querer luxos e riquezas; apenas
quero tentar viver com um pouco de conforto e sem fardos, já que carreguei
pesos muito pesados. Com o tempo, fui me desfazendo das mágoas e das raivas.
Não adianta a gente carregar sentimentos assim dentro de
nós; eles só nos tornam pessoas angustiadas, nervosas e sem sossego. Já me
livrei desses inconvenientes tem muitos anos e hoje em dia procuro o melhor de
mim.
Nunca fui de me importar com a opinião alheia no que se
refere à minha vida. Sempre tive um pouco de rebeldia e sigo carregando comigo
o sentimento de libertação. É muito bom a gente ser livre, não ter que dar
satisfação da nossa vida para segundos e nem terceiros, a não ser que tenhamos
disposição para isso.
De pronto a gente vai começar um ano com esperança e
positividade, fugindo daqueles clichês, mas esperando o melhor para nós e para
todos aqueles que ainda acreditam num mundo mais humano e mais fraterno, sem
xenofobias, racismos e sem ódio dentro de cada um de nós.
De resto, sem planejar e sem querer atingir metas mirabolantes,
quero desejar um Ano-Novo de paz, harmonia, comida na mesa de todos os
alagoanos, muita cultura, saúde, diversão e arte para todos. Feliz 2016!
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