Olívia de Cássia - Repórter
Nunca pensei que na minha idade e tendo visto tanto absurdo nesse país, que eu fosse ver o país retroceder em ideias e comportamentos, depois de termos alcançado a democracia e da Constituição Cidadã de 1988.
Esses rompantes e comportamentos lamentavelmente, se dão tanto da juventude e da sociedade, quanto dos políticos que estão no Congresso Nacional. Não precisa ir muito longe e é só dá uma pesquisada na internet para a gente ver os exemplos de que trato nesse texto.
Não falarei aqui de todas as situações porque o espaço não cabe, mas vamos lá. Desde as atitudes da bancada evangélica nas pessoas do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ); Silas Malafaia, e tantos outros que têm me deixado com o cabelo em pé.
As agressões proferidas por Bolsonaro contra as mulheres e seu discurso do ódio são de causar nojo. E só para citar um exemplo, vamos ao que foi mais divulgado pela mídia, quando ele respondeu a um discurso da deputada Maria do Rosário sobre a ditadura militar e declarou que só não a estupraria porque ela não merecia.
Várias outras mulheres foram ofendidas pelo dito parlamentar e nem por isso ele foi punido pela falta de decoro. Além disso, as propostas atrasadas, preconceituosas e providas do discurso do ódio que estão sendo discutidas no Congresso Nacional é para deixar qualquer pessoa um pouco esclarecida, estarrecida.
Antes mesmo das eleições de 2014 foi possível perceber que a sociedade brasileira passou por um retrocesso social. Em plena democracia, vejo essas personalidades do poder público e tantos outros nas mídias sociais, com comportamento autoritário e conservador, seja com relação a quem for.
Nasci em 1960, fui crescendo no país vivendo em plena ditadura militar, mas nem naquela época eu via tanto retroceder. Qualquer um que acompanhe a política brasileira ou atualidades pode entender que as ideais defendidas por essas figuras são machistas, nazistas, fascistas e reacionárias.
O nazismo foi um regime que envergonha a humanidade e não precisa ser um doutorando em história para se saber disso.
“A ideologia nazi-fascista era um amalgama de racismo, machismo, conservadorismo, militarismo, anti-semitismo, anti-marxismo e expansionismo”, observa o texto Desmistificando os reacionários.
Segundo os historiadores, a organização partidária de Hitler recebeu forte apoio financeiro d político dos principais capitalistas alemães, com exceção daqueles que origem judaica. E como disse a economista e jornalista Marilze de Melo Foucher, a sombra do fascismo e nazismo ronda o Brasil quando o germe do ódio se propaga e a xenofobia se espalha impunemente.
“A maneira como os nordestinos, negros, índios, gays, lésbicas e pobres vêm sendo tratados comprova a existência de um tipo de neo-fascismo e neo-nazismo em plena expansão no Brasil e mais especificamente em São Paulo, na região Sudeste e sul do Brasil”, observa.
Infelizmente, esses comportamentos estão presentes também em outras regiões brasileiras. “Não perceber este perigo é banalizar esta situação. Existe um terreno fértil para a implantação dessas ideologias nefastas no Brasil”, pontua. Para refletir.
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