Olívia de Cássia – jornalista
Alagoas tem uma efervescência cultural que aos poucos está
se consolidando e sendo reconhecida de parte a parte. Na atividade ‘Maceió Meu
Xodó’, comemorativa ao bicentenário da capital alagoana, cerca de 400 artistas
alagoanos mostraram sua força e garra.
A nossa cultura, a nossa gente, tradições, e a diversidade
de sons, cores e emoções que emocionaram e encantaram o público presente à
festa. Cantores, bailarinos, grupos folclóricos, afros, forrozeiros e quadrilha
junina deram o tom da festa, levando ao público uma apocalíptica gama de
emoções, cantando e comentando sobre o evento ainda hoje.
Alagoas não precisa importar em muitos eventos valores de
fora para fazer festas. Aqui tem muita gente boa e de talento, que não deixa a
desejar aos grandes centros culturais. Amada e cantada em verso e prosa por
Eliezer Setton, Leureny Barbosa, Nara Cordeiro, e tantos outros artistas, nossa
terra foi lembrada como nunca, numa explosão de alegria, as cores do guerreiro
e do pastoril, deixando o público cheio de encantamento e surpresa.
A cidade do sururu da lagoa, de Nossa Senhora dos Prazeres,
do mar azul piscina, da cor encantada, terra do sol, de canto e de alegria. Foi
isso o que nos deixou de legado o Maceió Meu Xodó: um presente que recebemos
agradecidos e que esperamos tenha reflexo na nossa autoestima daqui para
frente.
Precisamos nos orgulhar, sim. Da poesia do Lêdo Ivo, das
histórias de grandes amores; dos nossos valores, da nossa cultura, da nossa
gente. Da terra de Graciliano Ramos e Jorge de Lima; terra de Zumbi; de grandes
amores, poetas, artistas tantos que a gente nem sabe dizer quantos.
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