quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Não precisamos de importação


Olívia de Cássia – jornalista

Alagoas tem uma efervescência cultural que aos poucos está se consolidando e sendo reconhecida de parte a parte. Na atividade ‘Maceió Meu Xodó’, comemorativa ao bicentenário da capital alagoana, cerca de 400 artistas alagoanos mostraram sua força e garra.

A nossa cultura, a nossa gente, tradições, e a diversidade de sons, cores e emoções que emocionaram e encantaram o público presente à festa. Cantores, bailarinos, grupos folclóricos, afros, forrozeiros e quadrilha junina deram o tom da festa, levando ao público uma apocalíptica gama de emoções, cantando e comentando sobre o evento ainda hoje.

Alagoas não precisa importar em muitos eventos valores de fora para fazer festas. Aqui tem muita gente boa e de talento, que não deixa a desejar aos grandes centros culturais. Amada e cantada em verso e prosa por Eliezer Setton, Leureny Barbosa, Nara Cordeiro, e tantos outros artistas, nossa terra foi lembrada como nunca, numa explosão de alegria, as cores do guerreiro e do pastoril, deixando o público cheio de encantamento e surpresa.

A cidade do sururu da lagoa, de Nossa Senhora dos Prazeres, do mar azul piscina, da cor encantada, terra do sol, de canto e de alegria. Foi isso o que nos deixou de legado o Maceió Meu Xodó: um presente que recebemos agradecidos e que esperamos tenha reflexo na nossa autoestima daqui para frente.


Precisamos nos orgulhar, sim. Da poesia do Lêdo Ivo, das histórias de grandes amores; dos nossos valores, da nossa cultura, da nossa gente. Da terra de Graciliano Ramos e Jorge de Lima; terra de Zumbi; de grandes amores, poetas, artistas tantos que a gente nem sabe dizer quantos. 

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