sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Nada é melhor do que a liberdade

Olívia de Cássia – jornalista

Não há nada melhor do que nossa liberdade: liberdade de pensamento; de agir livremente, de ser assim, do jeito que a gente quer, sem traumas, sem censuras, sem impedimentos, a não ser os nossos, os de saúde e individuais.

‘A gente percebe que nossos sonhos nem sempre são realidades quando se analisa na perspectiva do tempo. A certeza da morte  incomoda, seja pelo desejo de realização, de deixar uma contribuição para a sociedade”.

Jean Paul Sartre disse que nossa liberdade hoje não é nada mais que a livre escolha de lutar para nos tornarmos livres. Não há nada melhor do que a gente sair por aí quando quer, quando pode, escolher o que queremos ser e lutar por isso, desfrutando do que gostamos de fazer. Ser feliz é a ordem do dia, sempre.

Me descobri mais suave depois da maturidade e gostaria de ter tido esse discernimento quando era mais jovem e podia desfrutar de muito mais. Eu era uma adolescente negativa, vivia a vida de forma muito pesada, atrapalhada,  cheia de sofrimento, por causa do que eu achava que era mal querer,  até que a vida me deu várias lições com as perdas que fui acumulando.  

No final, percebi que a melhor resposta para todos os problemas é encarar a vida de forma verdadeira, sem tantos questionamentos interiores e contraditórios: é melhor assim, sinto-me mais leve agora.

A vida me trouxe alguns ganhos e muitas inconveniências, mas aprendi a viver de forma melhorada. Viver não é difícil, queria ter um pouco mais de tempo: tempo de viver muito mais e com saúde, de conhecer, de ler muito mais, de cuidar dos meus bichinhos, de fazer muito mais do que faço.

Sonho com um dia em que pudéssemos ter muito mais amor pelo próximo,  mais solidariedade. Vejo as injustiças do mundo e avalio que podemos fazer a nossa parte para suavizar essa dura realidade; lutar por uma causa, abraçá-la com amor e dedicação.

São pensamentos que me invadem no meio da noite, depois de uma semana inteira de muito trabalho prazeroso. Quando a gente trabalha no que gosta e ama, tudo fica mais fácil; não é uma questão econômica, porque se assim o fosse, já teríamos abandonado o barco. Reflexões que me veem à mente nessa noite de sexta-feira.

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