Olívia de Cássia – jornalista
Não há nada melhor do que nossa liberdade: liberdade de
pensamento; de agir livremente, de ser assim, do jeito que a gente quer, sem traumas,
sem censuras, sem impedimentos, a não ser os nossos, os de saúde e individuais.
‘A gente percebe que nossos sonhos nem sempre são realidades
quando se analisa na perspectiva do tempo. A certeza da morte incomoda, seja pelo desejo de realização, de
deixar uma contribuição para a sociedade”.
Jean Paul Sartre disse que nossa liberdade hoje não é nada
mais que a livre escolha de lutar para nos tornarmos livres. Não há nada melhor
do que a gente sair por aí quando quer, quando pode, escolher o que queremos
ser e lutar por isso, desfrutando do que gostamos de fazer. Ser feliz é a ordem
do dia, sempre.
Me descobri mais suave depois da maturidade e gostaria de ter
tido esse discernimento quando era mais jovem e podia desfrutar de muito mais. Eu
era uma adolescente negativa, vivia a vida de forma muito pesada, atrapalhada, cheia de sofrimento, por causa do que eu
achava que era mal querer, até que a
vida me deu várias lições com as perdas que fui acumulando.
No final, percebi que a melhor resposta para todos os
problemas é encarar a vida de forma verdadeira, sem tantos questionamentos
interiores e contraditórios: é melhor assim, sinto-me mais leve agora.
A vida me trouxe alguns ganhos e muitas inconveniências, mas
aprendi a viver de forma melhorada. Viver não é difícil, queria ter um pouco
mais de tempo: tempo de viver muito mais e com saúde, de conhecer, de ler muito
mais, de cuidar dos meus bichinhos, de fazer muito mais do que faço.
Sonho com um dia em que pudéssemos ter muito mais amor pelo
próximo, mais solidariedade. Vejo as
injustiças do mundo e avalio que podemos fazer a nossa parte para suavizar essa
dura realidade; lutar por uma causa, abraçá-la com amor e dedicação.
São pensamentos que me invadem no meio da noite, depois de
uma semana inteira de muito trabalho prazeroso. Quando a gente trabalha no que
gosta e ama, tudo fica mais fácil; não é uma questão econômica, porque se assim
o fosse, já teríamos abandonado o barco. Reflexões que me veem à mente nessa noite
de sexta-feira.
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