domingo, 4 de julho de 2010
UNIÃO DOS PALMARES
Sociedade civil se reúne para discutir ações sobre as enchentes do Mundaú
Olívia de Cássia - jornalista
(Texto e fotos)
Vinte representantes da sociedade civil organizada do município de União dos Palmares se reuniram na noite de sábado, 3, no auditório Padres Donald, Emílio e Les, na sede da Associação dos Deficientes Físicos de União dos Palmares – Adefup, no bairro Roberto Correia, Os Terrenos, que também foi afetado pela enchente ocorrida no dia 18 de junho último.
A reunião das entidades, segundo as lideranças, foi para discutir os problemas que vêm enfrentando os desabrigados da cheia, que destruiu várias ruas da cidade, bem como se engajar nas tarefas que estão sendo distribuídas, fiscalizar o que está sendo feito pelo Executivo e propor ações junto às autoridades do município.
Depois de várias discussões sobre as ações pós-enchente para ajudar os desabrigados, as lideranças tiraram algumas propostas, como a da confecção de uma carta-aberta à população ou um manifesto, que serão encaminhadas na segunda reunião do grupo, que acontece na próxima sexta-feira, 9, quando será tirada uma comissão para acompanhar a distribuição de cestas básicas, roupas e a assistência prestada aos desabrigados da enchente.
Segundo José Carlos, líder do MST, foi feita uma reunião com a associação (dos moradores do bairro Roberto Correia) “e resolvemos ampliar o leque de participação, convidando vários atores da sociedade civil para discutir ações”, observou. Segundo as lideranças, algumas denúncias chegaram à Associação de Moradores do bairro (Terrenos) de que as cestas básicas enviadas pelo governo federal não estariam sendo distribuídas como deveriam.
José Carlos sugeriu que o grupo não deve partidarizar a discussão, “deve juntar todo mundo e ajudar na reconstrução da cidade, discutindo como fazer para agir no caso das denúncias que estamos recebendo”, disse ele, acrescentando que a comunidade precisa se organizar, “para não passar mais 20 anos na mesma situação” (dos desabrigados que estão no presídio da Santa Fé, desde 1989).
A assistente social Nádia Seabra disse que passada a fase crítica do socorro imediato aos desabrigadas, vem a preocupação com a vida dessas pessoas. “O prefeito disse em uma rádio da cidade que apenas receberiam as casas os proprietários e os inquilinos (que são a maioria) não vão receber”, reclamou.
Ela discorda dessa proposta e disse que o gestor municipal (o prefeito Areski Freitas, o Kil- PTB) precisa ser ouvido sobre essa questão. “A gente tem que saber do gestor a informação oficial, para poder se posicionar publicamente, saber quantas casas foram destruídas realmente e fiscalizar se os recursos do governo federal vão ser aplicados realmente na construção dessas casas e nas ações a que foram destinados”, disse Seabra.
Participaram da reunião as seguintes entidades: MST, Adefup, Pastoral da Criança, agentes de saúde, Associação dos Moradores do Bairro Roberto Correia, Associação dos Deficientes Físicos, Sindicato dos Servidores Públicos do Município e o padre Francisco que precisou se ausentar logo que a reunião começou porque teve um compromisso que já estava agendado anteriormente.
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