quinta-feira, 15 de julho de 2010

Reconstrução

Olívia de Cássia – jornalista

Reconstruir, recomeçar, reorganizar. Assim como na vida emocional, na vida prática refazer um caminho é sempre mais doloroso, em todos os sentidos da nossa existência. Chico Xavier disse em uma das suas obras que “embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode fazer um novo fim”. Às vezes os sentimentos se misturam, se confundem.
Segundo Eunice Ferrari, o novo sempre nos causa algum temor, por mais desejosos, por mais que tenhamos pedido o novo em nossas vidas, há um estranhamento diante da nova situação. “Os sentimentos se misturam, se confundem e muitas vezes não conseguimos identificá-los. Daí, o coração se fecha e a cabeça começa a querer dar conta de uma questão que não lhe pertence. Começa o curto circuito emocional”, explica.
Os relacionamentos são difíceis, é muito complicado conviver em sociedade e na vida a dois muito mais. A rotina desgasta qualquer relação, principalmente quando as diferenças são marcantes. Conviver com as diferenças é um desafio que nem sempre conseguimos superar. Pensei que fosse mais fácil, mas não é e estou vivenciando situação parecida.
Em uma das provas do ENEM, a proposta de redação para os alunos foi o tema “O Desafio de conviver com as diferenças”. Nesse caso o tema poderia descambar para várias vertentes, tanto essa dos relacionamentos afetivos, quanto a questão da diferença social, racial, ideológica ou outra vertente a ser abordada. O tema dá margem a diversas interpretações.
O Brasil é o país da diversidade. São raças, religiões, ideologias e situações econômicas. Apenas para citar alguns fatores que comprovem tal afirmação. Quando pensamos em diferenças, é impossível não destacar as diferenças econômicas como fator marcante que rege nossa sociedade. Essas diferenças, quando não são respeitadas geram muitos conflitos e esses conflitos podem acabar prejudicando a nossa rotina.

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