sexta-feira, 1 de abril de 2016

Pré-candidato a vereador fala sobre conjuntura em União

Olívia de Cássia - Repórter 

Pré-candidato a vereador pelo PPL, Clezivaldo Mizael da Silva se apresenta à Câmara de Vereadores de União dos Palmares e na entrevista concedida por e-mail ele nos fala de suas propostas, caso venha a assumir um mandato no Legislativo palmarino; analisa a conjuntura atual e diz que o principal objetivo é cumprir fielmente os requisitos para ocupar com dignidade o cargo. Confira a entrevista.
- Como presidente do Rotary, no segundo mandato, você tem se destacado por algumas ações desenvolvidas na instituição, em União dos Palmares, e tem sido elogiado por isso. Quando foi que você despertou para esse lado social?
Antes de tudo quero te agradecer pelo importante espaço que você me concede ao bater este papo comigo, por meio desta entrevista. Realmente é extraordinário o momento que a gente tem pra discutir ações e projetos pra nossa comunidade. Fui eleito presidente do Rotary em 2014; assumi em 2015. No primeiro mandato tive experiências incríveis nesta que é uma organização internacional, muito séria e voltada aos serviços profissionais em favor da comunidade. Desde a minha tenra idade fui inclinado voluntariamente a gostar de agir em prol da coletividade; poderia dizer que começou na época de escola, no grêmio estudantil.
- Comenta-se que você sairá candidato a vereador pelo município; por qual partido será?
Sim, esse é um assunto muito sério. Durante anos relutei a respeito da possibilidade de ser candidato a vereador. Talvez por conta de tudo o que tem acontecido na politica brasileira e na politica local. Mas fui convencido de que se não fizermos nada agora, se não interferirmos no processo, pior, pode ficar! Então tive coragem e vamos pra luta – estou filiado no PPL (Partido da Pátria Livre).
- Foi esse trabalho que tem incentivado você disputar uma eleição, mesmo sabendo dos entraves que vai encontrar?
Verdade, os entraves já são enfrentados... Principalmente no quesito financeiro, eleição político-partidária envolve recursos, mesmo em cidades pequenas, costuma-se gastar muito em eleições, disputar uma eleição com quem é forte financeiramente, é muito difícil. Acredito que essa será a maior batalha. Ainda mais uma cidade que vive emblematicamente uma crise de desemprego preocupante. Mas a paixão pelas causas que atuo me deu coragem, ânimo e força pra resistir e insistir na candidatura. Tenho fé que juntos podemos reconstruir nossa identidade, nossa posição como cidade polo, nossa condição de crescimento e reestabelecer a confiança da população na politica verdadeira.
- Enquanto agente político, o vereador faz parte do Poder Legislativo, sendo eleito por meio de eleições diretas e, dessa forma, escolhido pela população para ser seu representante. Caso seja eleito o que pretende fazer para cumprir com afinco sua função?
O principal objetivo é cumprir fielmente os requisitos para ocupar com dignidade o cargo, estar presente nas seções, participar delas, me envolver e defender as classes sociais, os grupos, nossa história, valores, a ética e a justiça de direito. Pretendo representar fielmente a população que está cansada de vereador mudo, vereador faltoso, vereador descomprometido e indiferente com a situação atual.
- Esta noção de representante da sociedade está entre as noções mais caras dentre suas funções, pois as demandas sociais, os interesses da coletividade e dos grupos devem ser objeto de análise dos vereadores e de seus assessores na elaboração de projetos de leis, os quais devem ser submetidos ao voto da assembleia (câmara municipal). Você se  sente preparado para isso?
Absolutamente preparado! Participar de movimentos estudantis, movimento religioso e sociais, presidir uma organização tão importante quanto o Rotary, que precisa de projetos para gerir recursos, ter ocupado pastas de governo e ter assessorado por diversas vezes gestores, me deixou capacitado, eu me sinto pronto para representar minha cidade na Câmara de Vereadores. Buscando sempre ouvir, conversar e trabalhar os planos junto às classes de nossa comunidade. 
- Como você avalia o atual momento político em União dos Palmares?  Dá para ter esperança?
Uma situação caótica, o país vive uma crise política sem precedentes e o município de igual forma; estamos assustados, ansiosos, mas ainda existem vozes mesmo que em tom muito baixo clamando por renovação, por clareza, por transparência e por justiça e é essa voz que me chama para ir adiante, ir em frente, acreditando que é possível se fazer uma politica de diálogo, buscando fazer as coisas de forma decente. Peço a Deus que dê sabedoria às nossas lideranças e ao nosso povo.
- Qual a avaliação que você faz da atual legislatura na Câmara Municipal?
É muito precipitado e perigoso fazer um diagnóstico sobre a Câmara atual: vejo que alguns colegas têm se esforçado para fazer cumprir o papel de legislador, agindo de maneira que sua consciência ordena. No entanto, vejo com muita tristeza a falta de comprometimento de alguns vereadores, que saem das reuniões sem justificativa, não apresentam projetos, não usam a palavra para trazer proveito social, que não respeitam a mesa, enfim... Defendo a renovação da Câmara de União.
- No que esse entra e sai de prefeito tem prejudicado a cidade?
Acredito que de todos os aspectos o principal é a descrença da comunidade na Justiça de Alagoas, no momento houve uma estabilidade nas decisões, o prefeito Eduardo está entrando para o segundo mês de mandato na decisão recente de afastamento dos 180 dias, resta-nos saber se irá até o fim. Por ora, consigo observar que obras importantes estão paradas, licitações têm dificuldades de ser concretizadas; o comércio deixa de vender pela falta de pagamento por ocasião da troca de prefeito. É um raio X superficial que nos deixa em maus lençóis. Mas vamos sair desta crise, eu acredito.
- União dos Palmares é um dos principais polos da região da Mata Alagoana, mas atualmente tem vivido muitas dificuldades por conta da incerteza política. Comente.
Atravessamos quatro anos de grandes dificuldades, oriundos de uma administração sem norte, sem planejamento ou engajamento. As pessoas já sofreram o suficiente para compreenderem o erro que se comete numa urna ao escolher alguém que não corresponde às expectativas para o cargo, espero que tenhamos aprendido a lição. Não merecemos passar por isso novamente.
- A questão da violência está sendo um dos piores itens que tem gerado reclamação da população. Que projeto você pretende apresentar para melhorar esse quadro?
O governo pensa rapidamente em ampliar o sistema prisional, em construir novas casas de custódia, equipar policiais, etc; esquece-se que o jovem ou a criança é atraída pela ociosidade, pelo dinheiro fácil, oferecer para ela uma alternativa pode ser uma solução. Buscarei apresentar projetos e discutir ideias que fomentem nas comunidades alternativas viáveis e sustentáveis de fortalecimentos dos vínculos sociais e educacionais.
- Em que área de ação você pretende atuar. Deixe uma mensagem para os palmarinos e faça suas considerações finais.
Defenderei primordialmente a organização da cidade, a construção de um plano piloto que reestabeleça nosso crescimento, nosso espaço na região; a valorização de nossa gente (cultura, história, valores, família) discutindo pontos como emprego, educação, social. Também acredito que se faz necessária a ajuda para as comunidades como Muquém, Várzea Grande, Rocha Cavalcante, Santa Fé, Laginha, Timbó, Newton Pereira e Nova Esperança as reivindicações são várias e existe solução, basta um pouco de força de vontade e fé para agir e fazer acontecer. Essa é a minha maior vontade, construir uma cidade melhor para mim e para os meus filhos.

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