Olívia de Cássia - jornalista
Chega aquele tempo que você começa a se impacientar com
algumas situações que estão postas na vida e começa a listar os subtextos de algumas
palavras impostas; isso tem me despertado o sentido, aquele de alerta interior,
que sempre me acompanha.
Tem dias que venho meditando sobre isso; esse sentimento
coronelista que está dentro de algumas pessoas, me inquieta. Sou uma pessoa
complicada de se entender, às vezes até eu me surpreendo comigo.
Por esse motivo estou sempre com aquele pisca de alerta no
meu interior; estou sempre em vigília para não cometer desatinos. Li numa resenha de texto na internet que o mandonismo
está ligado ao coronelismo e ao clientelismo e que essa é uma discussão conceitual.
Procuro não interpretar palavras ao sabor das minhas
expectativas, mas meu trabalho me alerta que devo estar atenda para o que está
dito nas entrelinhas da vida e do texto. É sempre assim.
Eu tenho um sentido, que alguns chamam de sexto e que eu
digo que é mais do que isso, que me alerta quando algo está por vir a
acontecer, comigo ou com outrem. Hoje estou assim, não muito alegre e nem
confiante, com minha meta adotada de ser sempre positiva de um tempo em diante,
quando eu descobri que a minha felicidade estava dentro de mim.
Algo está me incomodando e começa a mexer com minhas
entranhas. Sou de uma geração que não gosta de ser mandada; vigiada ou impedida de fazer algo, sempre me
rebelei contra a falta de liberdade e vou levar para a outra vida esse
sentimento.
Não tenho espírito de liderança, nunca tive; admiro quem o
tem, mas para mim, às vezes, soa como mandonismo, aquele hábito ou desejo de
mandar em qualquer circunstância; de estar sempre em evidência ou com a razão,
como se não importasse o que os outros pensem ou façam.
Tem gente que se acha superior, melhor que o outro, como se
não cometesse erros. Mas eu entendo que cada pessoa é única e ter esse víeis não
é algo negativo na nossa sociedade: nem na atual e nem antigamente, mas eu não
tenho boas lembranças dessa coisa autoritária e impertinente.
Por causa disso eu passei por perrengues na vida, de alguns
sentimentos não muito positivos; dessa forma, avalio que para ser um líder é
necessário que se tenha firmeza sem autoritarismo, sem mandonismo, atitude um
tanto quanto perigosa.
As pessoas que têm esse jeito elas não mudam e nem percebem,
ou se percebem isso, acreditam que é o correto a se fazer, não sentem o quanto
têm de impertinência. Eu tenho um jeito de ser e isso pode ser um grande
defeito meu: não gosto de dar palpites na vida dos outros, a não ser que eles
me sejam solicitados.
Pode ser que eu não esteja me fazendo entender agora, mas o
texto pode não esclarecer ao leitor “de forma clara, prática e, acima de tudo,
inovadora, que alguns conceitos são relacionados, mas não são sinônimos, de
modo que cada um possui sua especificidade além de representarem períodos
diferentes de evolução”, como observa Patrícia Ribeiro de Castro Abbud.
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