Por Olívia de Cássia
Venho matutando algo para escrever, mas desde que me ponho diante da página em branco do Word o assunto tem me fugido, se dispersado. Penso que estou ficando velha ou misturando os assuntos.
Culinária da minha avó, Rua da Ponte, brincadeiras da infância, adolescência complicada, amigos, nossas vivências, amores impossíveis, romances que não vingaram, brigas em casa, família, meus pais, viagens que não fiz e que agora quero fazer, política, conjuntura atual e outros que tais.
Todas essas pautas são corriqueiras em minhas lembranças, agora que tenho todo o tempo do mundo para me ocupar em pensamentos, mas me ponho a perguntar, quando se trata dos passeios, se terei tempo suficiente para fazer as belas viagens que não fiz e fazer as fotos que tanto quis.
Sei que agora, com as limitações da saúde já não poderei ir a todos os lugares, por conta do desequlíbrio. Mas ainda penso que posso muito ser feliz, da forma que não fui no passado. Sei que dia 20 de novembro vai ser mais difícil ir á Serra da Barriga, com tanto movimento por lá, mas ainda quero participar de algumas pequenas aventuras.
Ir na minha querida Serra só se for para passear com acompanhante por conta do terreno irregular e em poucos lugares. Quero ainda me encontrar com amigos, jogar conversa fora, falar de alegria e de coisas boas.
Sabe, meu Diário, penso em fazer muitas coisas boas e desejar o que for de bom para todos aqueles amigos que têm feito tanto por mim, desde que saiu o diagnóstico da Doença de Machado Joseph.
Alguns que até nem me conheciam e que têm demostrado solidariedade e carinho para comigo. Isso é impagável e por mais que eu agradeça, não é o suficiente para tal e sou eternamente agradecida a todos.
Ouço a discografia de Maria Bethânia e relembro momentos da juventude, quando a gente amava platonicamente e sonhava em realizar as mais doces fantasias. As leituras, pelo menos, me permitem viajar um pouco, mas não são suficientes, porque preciso diversificar os movimentos e ações, para não atrofiar de vez.
De resto, por hoje, tentarei lembrar do que eu queria falar anteriormente e não consegui, para dar vazão a toda essa inquietude que às vezes se apodera de mim. Quero diversão, cultura e arte. Querer ter qualidade de vida não é pecado, não impede que queiramos e lutemos por um mundo melhor e mais justo. Boa noite.
terça-feira, 19 de julho de 2016
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