Olívia de Cerqueira
Passei uma
parte da noite insone e a lembrança da minha mãe me veio no pensamento.
Ultimamente tenho pensado muito nela.
Acho que a
velhice e a proximidade da morte têm feito com que eu faça várias reflexões da
minha vida.
Meus erros
se destacam mais e fico pensando em como era difícil pra ela chegar a um
entendimento das minhas atitudes.
Eu não sou e sempre fui uma pessoa difícil. Hoje eu tenho clareza disso. De uma criança que vivia
constantemente doente e que era reincidente em suas traquinagens a uma adolescente
rebelde.
Na fase
jovem e adulta os sintomas se agravaram e à época, hoje tenho clareza disso, eu
já era uma pessoa que precisava de ajuda profissional.
Minha mãe
era uma mulher forte, destemida e sabia o que queria, embora o que ela queria
tinha que se impor. Sempre tive clareza disso, embora não concordasse.
Para
proteger e cuidar dos filhos ela era uma leoa, como quase toda mãe e ai daquele
ou daquela que atravessasse em seu caminho.
Nessas horas
ela não tinha limites e não importava se fosse atingir ou magoar alguém. Para
ela não importava, a não ser “livrar” suas crias de qualquer “mal”. Eu Não
entendia suas atitudes, na maioria das vezes, mas faz tempo que venho trabalhando
essas questões, que vêm invadir meus pensamentos, constantemente.
No mais é desejar que ela já tenha me perdoado, onde quer que esteja, e que esteja sossegada e num lugar de luz e que algum dia eu tenha a chance de encontrá-la em outra dimensão, se isso for capaz. Bom dia e bom domingo para todos.
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