domingo, 2 de abril de 2023

Era uma vez ...

 

Olívia de Cerqueira

Passei uma parte da noite insone e a lembrança da minha mãe me veio no pensamento. Ultimamente tenho pensado muito nela.

Acho que a velhice e a proximidade da morte têm feito com que eu faça várias reflexões da minha vida.

Meus erros se destacam mais e fico pensando em como era difícil pra ela chegar a um entendimento das minhas atitudes.

Eu não sou e sempre fui uma pessoa difícil. Hoje eu tenho clareza disso. De uma criança que vivia constantemente doente e que era reincidente em suas traquinagens a uma adolescente rebelde.

Na fase jovem e adulta os sintomas se agravaram e à época, hoje tenho clareza disso, eu já era uma pessoa que precisava de ajuda profissional.

Minha mãe era uma mulher forte, destemida e sabia o que queria, embora o que ela queria tinha que se impor. Sempre tive clareza disso, embora não concordasse.

Para proteger e cuidar dos filhos ela era uma leoa, como quase toda mãe e ai daquele ou daquela que atravessasse em seu caminho.

Nessas horas ela não tinha limites e não importava se fosse atingir ou magoar alguém. Para ela não importava, a não ser “livrar” suas crias de qualquer “mal”. Eu Não entendia suas atitudes, na maioria das vezes, mas faz tempo que venho trabalhando essas questões, que vêm invadir meus pensamentos, constantemente.

No mais é desejar que ela já tenha me perdoado, onde quer que esteja, e que esteja sossegada e num lugar de luz e que algum dia eu tenha  a chance de encontrá-la em outra dimensão, se isso for capaz. Bom dia e bom domingo para todos.

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