Olívia de Cerqueira
Relutei
muito para requerer a minha aposentadoria especial, mas com a evolução da
Ataxia, os amigos me aconselhavam a fazê-lo e fui percebendo que era chegada a
hora de me afastar do batente.
Não foi
fácil requerer me afastar do jornalismo, justo quando estava em uma fase mais realizada
da profissão: a reportagem. Antes eu fui revisora de textos, função espinhosa.
Publiquei
meu primeiro livro, em 2018, um ano depois de aposentada, com ajuda de amigos,
por meio de uma vaquinha eletrônica, a quem tenho gratidão, sempre.
Foi escrito em
2014, em pleno processo de depressão, mas eu o modificava e acrescentava alguma
passagem, sempre que abria o arquivo.
A jornalista e amiga de infância Eliane Aquino
fez a apresentação. As modificações que fiz não afetaram minhas histórias, foi
só uma questão de aprimoramento dos textos.
É autobiográfico,
onde revivo histórias desde a minha infância, até a separação. Foi a melhor
terapia que fiz. De lá para cá, publiquei mais dois Livros, em plena pandemia.
O segundo, de
poesias feitas a maioria na adolescência. Palavra sem Nexo foi editado em 2020,
revisado e comentado pela poeta viçosense Merandolina Pereira de Melo.
O terceiro,
Cheiro de Memórias, em 2021, revisado e prefaciado pela amiga, também jornalista,
Fátima Almeida, em comemoração (embora não tenha feito algum evento), aos dez
anos do meu blog. Os três livros foram publicados pela editora CBA.
Desde então
os textos minguaram. Eu também tinha uma coluna na página de Opinião, onde
publicava artigos aos domingos, fazia algumas reportagens no site Primeiro
Momento, que me dava satisfação.
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