segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Vai passar


 

Olívia de Cássia Cerqueira

 

O tempo está oscilando entre chuva e a teimosia do sol querendo sair.  Em tempo de isolamento social, pessoas têm se valido da tecnologia para trabalhar lazer ou para fomentar debates em canais criados nas redes sociais.

 Impossível acompanhar todo mundo que faz esse tipo de comunicação, essa forma moderna de expressão que oferece  facilidade e oportunidade de a gente debater temas de cunho social e que facilitam melhorando nossas vidas nesse tempo de pandemia.

Tento me manter atualizada  e participar  de alguns debates a respeito  de pautas  que sempre defendi como feminismo,  questões das mulheres em geral, dos pretos  e dos direitos humanos e dos menos favorecidos.

 O mundo mudou, todos nós mudamos ou pelo menos deveria ser assim, acompanhando  a roda viva da vida. Amanheceu e o tempo fechou. Gosto de sol, mas também de chuva.  Ela alivia o   tempo, floresce as plantações, beneficia a agricultura.

 Procuro  estar  ativa, para não me tornar uma velha ranzinza, reclamona e caquética. Estou sempre me mirando, para não incomodar humores. Os dos outros e os meus.

 A Ataxia vai podando aos poucos minha coordenação e outras partes do meu corpo. Minhas limitações aumentam a cada dia e procuro não me incomodar tanto com isso,  viver cada dia como se fosse o último.

 O que escrevo no caderno (eu ainda recorro a ele, de vez em quando), nem sei como consigo entender o raciocínio depois, quando vou digitar o texto para colocar no blog. Minha agilidade no computador, que antes era admirável, agora  não é a mesma. Minha coordenação e equilíbrio estão a cada dia mais comprometidos.

 Hoje acordei mais tonta (literalmente). As crises de labirintite associada  ao meu problema têm sido uma constante e ‘engrossam o caldo’.

 Mudando um pouco de tema, estou divulgando meu novo livro  Palavras sem nexo, de poesias,(nas redes sociais. Dia 31 desse mês, participarei de uma live no Instagram. Até aqui vendi  alguns exemplares, mas as intenções de compra são animadoras, não só do atual, mas do primeiro também. Não fiz festa de lançamento por conta da pandemia.

 Deito no sofá na esperança de passar a tontura. Os filhos de quatro patas me rodeiam, me fazem companhia e deitam no meu colo pedindo carinho. Adianto a leitura de um dos clássicos da minha coleção que ainda não tinha lido, pois têm muitos na fila.

 Sinto-me mais aliviada agora, pois coloquei no papel algumas inquietações . Em meio a essa crise mundial, no Brasil a situação é mais agravante. Agradeço todo dia pela vida que tenho agora, apesar da saúde frágil.

 A fisioterapia voltou, só que de forma on-line, não é a mesma coisa  e mesmo assim vamos tocando a situação até que tudo passe. Vai passar!

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